Em reunião mediada por Sindicato, médicos da maternidade disseram que foram orientados a mudar de escala ou pedir demissão

Rafael Cardoso e José Antônio de Morais em reunião com médicos da Maternidade Dona Íris – foto: Matheus Monteiro

Em reunião realizada nesta quinta-feira (1º/6) convocada pelo diretor da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), José Antônio de Morais, os médicos da Maternidade Dona Íris reclamaram que estavam sendo coagidos a optarem por mudar a escala de trabalho ou pedirem demissão.

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O encontro aconteceu no mesmo dia em que o Jornal Opção recebeu a denúncia a respeito da redução da carga horária dos mesmos. Em reunião na última terça-feira (30), eles foram orientados a reduzir a carga horária a partir desta quinta-feira ou seriam demitidos.

Após protesto, os médicos decidiram se organizar, mas, resolvida internamente a questão da carga horária, aqueles que decidiram ficar no trabalho, tanto com a mesma carga quanto reduzida voluntariamente, tiveram suas escalas de trabalho alteradas sem consentimento dos mesmos.

Inconformados com as alterações, os médicos pediram então para serem demitidos, mas teriam recebido a notícia que a “cota de demissões” estava finalizada.

Na reunião, que foi mediada pelo presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Rafael Cardoso Martinez, a Fundahc explicou que houve um mal entendido, e foi definido um prazo de 15 dias para que os médicos definam suas escalas voluntariamente, sem que ninguém saia prejudicado.

Em entrevista ao Jornal Opção, Rafael disse que o saldo da reunião é positivo. “Nós tínhamos a informação que estava encaminhando para um acordo unilateral e percebemos que deu-se agora uma margem de dias para se acertar as escalas de uma maneira que fique bom para a população, para os médicos e para a gestão da maternidade”, afirmou.

Segundo ele, uma nova reunião será feita apenas em caso de desacordo entre os próprios médicos.