Segundo os profissionais, fundação que administra o hospital os convocou para dizer que caso eles não diminuam as horas de trabalho, serão demitidos

Fundação que administra o hospital explicou que intuito da redução é manter vínculo dos profissionais até o fim do contrato | Foto: Divulgação

Médicos da Maternidade Dona Íris procuraram o Jornal Opção para denunciar a redução da sua carga horária. Segundo eles, os diretores da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) os convocaram na última terça-feira (30/5) para informar que, caso eles não quisessem diminuir as horas de trabalho já a partir desta quinta-feira (1º/6), seriam demitidos.

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Com os protestos dos médicos, a Fundahc desistiu de promover a mudança imediatamente e resolveu estabelecer a redução a partir de julho. Ainda não houve nenhuma formalização escrita da proposta mas, de acordo com os profissionais, a decisão afeta todo o corpo médico. Além disso, o contrato da fundação com a prefeitura segue até outubro e, depois de findado, todos eles serão demitidos.

Para resolver o imbróglio, o diretor da Fundahc, José Antônio de Morais, convocou uma reunião para esclarecer o assunto e negociar com os profissionais. Os médicos já procuraram advogados e o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), questionando a postura da Fundach: “Nós temos contrato, eles não podem obrigar a gente a reduzir o horário”, reclamou um deles.

Além da questão salarial, os médicos também denunciam a eventual perda de qualidade no atendimento da maternidade. “As pessoas vão continuar vindo, mas não vai ter gente para recebê-los. Já houve redução no número de leitos, de 61 para 47, como é que vai ficar a situação da Dona Íris?”, questionam.

Em resposta ao Jornal Opção, a Fundahc afirmou que a proposta é uma tentativa de manter os médicos empregados. Segundo José Antônio, o contrato da fundação com a prefeitura acabaria neste fim de semana, mas foi prorrogado até outubro para que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) substitua, gradualmente, os prestadores de serviço por concursados. De acordo com ele, não haverá piora no atendimento do hospital, que estava com mais profissionais que o necessário.