Marcos Abrão afirma que vai esperar defesa de Dilma: “Não podemos fazer pré-julgamentos”
07 dezembro 2015 às 11h59

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Deputado goiano ainda não decidiu seu foto em um eventual processo de impeachment da presidente. Mas garante que será “responsável”

O deputado federal por Goiás Marcos Abrão (PPS) declarou ao Jornal Opção, na manhã desta segunda-feira (7/12), que ainda não formou opinião sobre um eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Apesar de reconhecer que a atual situação do País, em especial na economia, é preocupante, o estreante na Câmara Federal explica que vai ler a acusação e aguardará a defesa para se decidir.
“Vou esperar a defesa do governo federal para que eu possa constituir um voto justo. Não podemos fazer pré-julgamento de ninguém. Acho que a população espera responsabilidade de mim, e assim que agirei”, argumentou.
Marcos Abrão afirmou, também, que está impressionado “negativamente” com a situação que o País chegou. “Precisamos de uma solução rápida, pois milhares de empregos estão sendo perdidos diariamente e precisamos ter responsabilidade justamente com a população carente, que é quem mais é prejudicada”, completou.
O deputado do PPS é uma exceção entre os parlamentares goianos que fazem parte da oposição ao governo do PT. Todos os seis deputados federais do PSDB de Goiás já se declararam favoráveis ao processo. Apenas Rubens Otoni (PT), Flávia Morais (PDT), Daniel Vilela e Pedro Chaves (ambos do PMDB) tendem a ser contra o impeachment.
Cunha
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Marcos Abrão tem um posicionamento diferente com relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para o goiano, o peemedebista deveria deixar o cargo para poder se defender das denúncias de corrupção e participação no esquema da Petrobras.
“A Câmara Federal está parada em função desses problemas. Do impeachment de Dilma e do afastamento de Cunha. Insisto que temos que ter responsabilidade com o País, que não pode parar em função de problemas pontuais”, arrematou.
Marcos Abrão esteve em Goiânia nesta segunda-feira para promover audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).