Governador de Goiás exaltou processo rigoroso para seleção das organizações sociais. No primeiro chamamento, nenhuma foi aprovada 

Governador Marconi Perillo e a secretária Raquel Teixeira na Seduce | Foto: Solimar de Oliveira
Governador Marconi Perillo e a secretária Raquel Teixeira na Seduce | Foto: Solimar de Oliveira

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirmou, durante visita à secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) na manhã desta segunda-feira (28/3), que não aceitará organizações sociais (OSs) pouco qualificadas para gerir escolas estaduais.

De acordo com o tucano, assim como aconteceu na Saúde, o objetivo é que haja um salto de qualidade na administração das unidades de ensino goianas. “Não queremos qualquer tipo de OS, não queremos que o conceito seja desmoralizado. Queremos fazer diferença na Educação em Goiás”, assegurou.

Ao lado da titular da pasta, Raquel Teixeira, o governador explicou que tudo está sendo feito de forma “sólida” e “com os pés no chão” para que, quando assuma as 23 escolas da regional de Anápolis, a OS esteja 100% preparada para tal.

“Não queremos OS por OS, queremos que realmente elas signifiquem um grande ganho de conhecimento e gestão escolar para toda a comunidade estudantil”, completou.

Na última semana, a Seduce anunciou que nenhuma das cinco finalistas do primeiro chamamento foi aprovada pela comissão que analisa as OS da Educação. Em coletiva de imprensa, Raquel Teixeira explicou que não atenderam aos requisitos do edital.

Com isso, o processo volta à estaca zero, e todas as 20 OSs já qualificadas para concorrerem aos chamamentos da secretaria poderão participar do próximo — que deve ocorrer nos próximos dias.

Segundo o governador, a secretária tem feito um grande trabalho, no sentido de qualificar as OSs para a gestão compartilhada que o governo pretende implantar na rede estadual. A previsão é que a primeira comece a trabalhar na regional de Anápolis em agosto deste ano.

Questionado se haveria possibilidade do governo abandonar o projeto, Marconi assegurou que não: “Não há chance de recuo, estamos muito felizes com os resultados na Saúde e quando observamos as mudanças temos a certeza de que é possível fazer algo diferente, melhor”.

Pauta mais ampla 

O governador Marconi Perillo afirmou que a discussão sobre as OSs nem sequer havia entrado na pauta da conversa com a secretária Raquel Teixeira até o momento da coletiva de imprensa.

“Estamos com outros planos, outros projetos, como reformar 300 escolas, construir 220 quadras poliesportivas cobertas, o projeto Goiás 360…  Queremos transformar a Educação de Goiás como referência para o Brasil. Já é, na verdade”, arrematou.