Transferência de recursos está sendo protelada e analisada por técnicos da Eletrobras. Tucano e petista se encontram às 15h desta quarta-feira

O governador Marconi Perillo (PSDB) deverá entregar um ofício à presidente Dilma Rousseff (PT) durante audiência prevista para a tarde desta quarta-feira (23/7) em Brasília, no Palácio do Planalto. No documento, será ressaltado que o repasse do empréstimo de R$ 1,9 bilhão da Eletrobras à Celg deve ser feito o mais rápido possível.

Diretor de regulação da CelgD, Elie Chidiac, espera ter êxito na conversa com a petista, marcada para as 15h. “A dificuldade para a liberação está na morosidade da negociação, pois requer cuidados por envolver duas empresas públicas. Estão interpretando como um empecilho da nossa parte em repassar o controle da concessão, mas não é”, avaliou, em entrevista ao Jornal Opção Online.

Segundo ele, os técnicos do governo federal pediram cautela para “garantir as premissas de todos os ganhos da concessão”. O Ministério Público de Goiás (MPGO) e o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) também emitiram recomendações para que o governo estadual aguarde manifestações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia.

O Estado já oficiou ambos para que o contrato de concessão –– previsto para ser encerrado em 15 de julho de 2015 –– se estenda por mais 30 anos.

Período eleitoral

O auxiliar destacou que os recursos do governo federal serão para “socorrer” e “reestruturar” a estatal goiana. Questionado se as negociações podem estar sofrendo interferência política por conta do período eleitoral, Elie respondeu que o “risco político” não é descartado pelo governador. Tanto Dilma quanto Marconi disputam a reeleição.

“Mas em todos os Estados passam por isso, é visível. Por isso, o Marconi quer dirimir qualquer problema”, comentou, emendando que a relação entre os dois é republicana. Agendado pela própria presidência da República, o encontro ainda deve contar com a presença do ex-secretário da Fazenda Simão Cirineu e do presidente da CelgPar, Fernando Navarrete.