Mais um pedido de cancelamento dos alvarás do Nexus é protocolado na Câmara
08 agosto 2017 às 11h07

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Vereador Jorge Kajuru (PRP) alertou para a comprovada falsificação no Estudo de Impacto de Vizinhança

O vereador Jorge Kajuru (PRP) apresentou, na manhã desta terça-feira (8/8), mais um requerimento pedindo que a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) suspenda os alvarás concedidos ao Nexus Shopping & Businness.
Este já é o terceiro pedido feito pela Câmara Municipal de Goiânia para que a prefeitura tome providência no escândalo envolvendo o empreendimento da Consciente Construtora e JFG Incorporações.
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Segundo o parlamentar, a comprovada fraude no processo de aprovação e a falsificação no Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) — por meio de perícia criminal da Polícia Científica de Goiás — são suficientes para que a gestão municipal suspenda a construção.
Da tribuna, Kajuru criticou a falta de atitude da gestão Iris Rezende (PMDB) que, mesmo com uma ação judicial cujo objeto é o processo de aprovação do empreendimento pela prefeitura, se recusa a atuar no caso.
O Nexus Shopping & Business é um gigantesco empreendimento sendo construído no entroncamento das Avenidas D e 85, no Setor Marista. Em 2015, o Jornal Opção denunciou com exclusividade os diversos erros e irregularidades em todo o processo.
No dia 11 de abril de 2016, o MP-GO propôs ação civil pública ambiental para impedir a construção do Nexus. O promotor Juliano de Barros Araújo elencou uma série de irregularidades em todo o processo de aprovação, como a falta de um termo de referência para a confecção dos estudos, a inexistência de uma equipe multidisciplinar responsável pela análise dos impactos do megaempreendimento, bem como inconformidades com a legislação.
Não obstante as irregularidades administrativas, a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente constatou a falsificação nas assinaturas e fraude na aprovação do Estudo de Impacto de Vizinhança do Nexus.
Mesmo com os crimes cometidos na aprovação do processo do Nexus — comprovados por perícia criminal feita pela Polícia Científica do Estado de Goiás e denunciada pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente –, as obras seguem a todo vapor.