Kleydes Ferreira cuida do filho de 30 anos que tem paralisia cerebral e autismo. Ela denunciou a dificuldade que enfrenta para o tratamento do filho durante a reunião do Conselho Municipal de Saúde que impediu a redução salarial de médicos credenciados na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, na última quarta-feira, 2.

Ela depende do transporte público para levar Lucas, que é cadeirante, à fisioterapia. Kleydes relatou que precisa pegar oito ônibus por dia, isso porque mora no Setor Buena Vista e só conseguiu médico no Setor Jaó. O trajeto pode chegar a quase duas horas de ônibus. “Eu cruzo a cidade todinha de ônibus”, disse ela em vídeo que circula nas redes sociais.

Sobre a redução salarial, Kleydes afirma, no vídeo, que é um retrocesso. “Eu tenho um grupo de 720 mães atípicas. Nós vamos bater tanto lá na frente da Prefeitura que o prefeito vai se arrepender”, disse e foi aplaudida por quem acompanhava a reunião. 

Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que retirou de pauta o novo credenciamento médico. A secretaria irá dialogar com as unidades representativas da categoria e reenviar proposta ao Conselho Municipal de Saúde.

Redução foi impedida 

Com a reunião, uma resolução foi publicada impedindo a redução nos valores pagos por plantões na rede municipal. Com a movimentação da categoria, a Secretaria de Saúde, então, retirou essa redução da pauta do Conselho Municipal de Saúde.

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