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Provável nome do PDT para a disputa da Presidência da República em 2018, ex-governador do Ceará disse que petista empobrece debate político no país 

Em evento sindical em Goiânia, Ciro garantiu que apoio a Lula está totalmente descartado | Foto: Bruna Aidar/Jornal Opção

Em Goiânia para o Congresso Estadual da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) criticou uma eventual candidatura do ex-presidente Lula (PT) à Presidência do Brasil. Para ele, a entrada do petista na disputa política empobrece o debate da campanha.

Principal nome do PDT ao governo federal em 2018, apesar de não confirmar sua pré-candidatura abertamente, Ciro comentou sua declaração de que não tem vontade de disputar contra o ex-presidente e disse que a fala não significa uma renúncia.

“Se o partido entender que eu sou candidato, serei com todo entusiasmo, apresentarei uma proposta que venho amadurecendo há muitos anos, mas entendo que se o Lula entrar, ele destrói completamente o ambiente da discussão do futuro do país”, disparou.

Com Lula, avalia o ex-governador, “vai ser uma eleição marcada pelo ódio, pelas paixões, sobre caudilhismo do petista ser a salvação da lavoura sem precisar dizer nada, sem sequer fazer uma auto-crítica de quem colocou Michel Temer na linha de sucessão ou quem empoderou Eduardo Cunha para ir para a presidência da Câmara”.”Isso tudo foi o senhor Lula brincando de Deus”, completou Ciro.

Para ele, o Brasil “não aguenta” mais quatro ou oito anos de guerra política marcada por ódios e paixões e precisa ser pautado por um projeto de desenvolvimento e mudanças.

“Lula prestará um desserviço à ele, porque não reproduzirá jamais o governo extraordinário que fez, em função de uma circunstância específica, e um desserviço ao país”, opinou ele. Questionado se aceitaria apoiar o petista na eleição, disparou: “De maneira nenhuma”.

Ciro também afirmou que, apesar de ligado ideologicamente à esquerda, ele não pretende fazer um governo com “esquerdismos”: “Precisamos fazer um projeto grande, em que caiba basicamente o entendimento entre quem trabalha e quem produz no Brasil”. “O Brasil não cabe em um projeto de esquerda”, finalizou ele.