Lula deseja “gestão profícua” a Donald Trump: ‘Não quero briga com americanos’

20 janeiro 2025 às 10h45

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou, nesta segunda-feira, 20, seu desejo de que Donald Trump, que reassume a presidência dos Estados Unidos, conduza uma gestão positiva. Durante a primeira reunião ministerial do ano na Granja do Torto, em Brasília, Lula afirmou que a expectativa é de fortalecimento das relações entre os dois países.
“O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o povo brasileiro, o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser os parceiros históricos que são do Brasil”, declarou. Lula também reafirmou seu compromisso com a paz internacional, afirmando que o Brasil não quer “briga” com qualquer nação.
No entanto, o discurso de Lula traz à tona suas declarações anteriores sobre a política dos Estados Unidos. Durante o período eleitoral norte-americano em 2024, o presidente brasileiro mostrou apoio público à candidata democrata Kamala Harris, adversária de Trump. Lula chegou a afirmar que a vitória da então vice-presidente de Joe Biden representaria um caminho mais seguro para o fortalecimento democrático nos EUA.
“Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do mandato, fazendo aquele ataque contra o Capitólio, uma coisa impensável de acontecer nos Estados Unidos, que se apresentava ao mundo como modelo de democracia. […] Agora temos o ódio destilado todo santo dia, as mentiras […] É o fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara”, disse Lula em entrevista ao canal francês TF1.
Apesar disso, Lula reiterou, na reunião ministerial, a importância de manter boas relações com todas as nações, incluindo os Estados Unidos. Ele declarou: “Nós não queremos briga nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia, nem com a Rússia. Nós queremos paz.”
Com um tom de otimismo, Lula concluiu sua fala na reunião ministerial desejando sucesso à administração Trump e reiterando seu compromisso com o fortalecimento das relações bilaterais. Contudo, fica evidente que o presidente brasileiro mantém suas reservas em relação à gestão republicana, especialmente diante do histórico de tensões políticas e diplomáticas.
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