Advogado da empresa italiana havia sido convocado após questionar legalidade de projeto para rescisão do contrato de venda da Celg D

Advogado da enel e presidente da OAB – Seção Goiás, Lúcio Flávio | Foto: Fábio Costa | Jornal Opção

O advogado da distribuidora Enel Goiás, Lúcio Flávio, que também é presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB- Goiás), conseguiu uma liminar para não comparecer a oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura possíveis irregularidades na venda da Celg D à empresa italiana.

Lúcio Flávio havia sido convocado após rechaçar, como advogado da empresa, o projeto de encampação da Enel, de autoria dos deputados Bruno Peixoto (MDB), que é líder do Governo, e Lissauer Vieira (PSB), que é presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

O advogado argumenta que sua ida representa uma iminente chance de “sofrer constrangimento ilegal”. Ele também afirma ser um dos sócios do escritório de advocacia que presta serviços para a ENEL Goiás S/A, representando a pessoa jurídica.

Lúcio Flávio também informa que orientou seus clientes a não comparecer às sessões, como ocorreu em audiência pública nesta terça-feira, 3, “em razão de supostas ilegalidades praticadas pela comissão investigativa”.

A liminar foi deferida e, ainda, caso ele decida ir à CPI, terá o direito de permanecer calado. O relator Cairo Salim (Pros) disse que recebeu a liminar com naturalidade. “Eu como advogado já esperava por isso. Sobre a nossa relação com a empresa, há, sim, uma cisão grande, então essa comissão já caminha para seu encerramento e lamentavelmente essas atitudes dos diretores e do procurador fomentam ainda mais a discórdia aqui no Estado e o sentimento de que a empresa não quer resolver os problemas”, disse.