Empresário enviou relatório do Albert Eistein, de São Paulo, informando que não tem condições de saúde para vir a Goiânia

Lourival Louza, dono do Grupo FlamboyantI | Foto: Reprodução / A Redação
Lourival Louza, dono do Grupo FlamboyantI | Foto: Reprodução / A Redação

Dois médicos do Hospital Israelita Albert Eistein, de São Paulo, assinaram relatório atestando que o empresário Lourival Louza Júnior, do Grupo Flamboyant, não tem condições de saúde para viajar a Goiânia.

[relacionadas artigos=”51003,50964″]

Ele viria para a capital prestar depoimento à CEI das Pastinhas, da Câmara Municipal de Goiânia, que investiga a emissão irregular de alvarás durante a gestão do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB). O conteúdo do relatório nem o tipo de tratamento foi revelado. Com a impossibilidade de deslocamento, Louza pediu que respondesse os questionamentos dos integrantes por e-mail. Porém, o pedido foi negado por 3 votos a 2.

Contudo, os trabalhos terão prosseguimento sem a oitiva do empresário, segundo o presidente, Elias Vaz (PSB). “Perdeu grande chance de se explicar em outras oportunidades em que foi convocado. Está na condição de testemunha, são irregularidades que atingem o interesse dele. Mas a CEI considerou que não vale a pena pegar respostas por escrito, ressaltando que respeitamos o posicionamento dos médicos.”

Líder da prefeitura na Câmara dos Vereadores, Carlos Soares (PT) defendeu que Louza não compareça pela sua condição. “Pois de qualquer forma nós já mandamos caçar quatro alvarás irregulares, evitando a construção de cerca de mil apartamentos.”

Mizair Lemes Jr. (PMDB), prefere que o depoente não seja convocado. “Vai que ele desmaia aqui. Podemos ser acionados judicialmente.”

Já Paulo Magalhães (SD) bateu o pé e pediu que a presidência da CEI forme junta médica com profissionais goianos para que analise a veracidade do relatório do Eistein. “Tem que trazer de qualquer jeito. Tenho o direito de não acreditar [no relatório].”

Ele irritou o colega Carlos Soares, irmão de Delúbio Soares (PT), preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília, pelo envolvimento no processo do mensalão. “Toda a turma do PT foi presa, os velhos e doentes, como José Dirceu [ex-chefe da Casa Civil do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva],…”, disse.

Carlos o interrompeu imediatamente: “Se quer se referir ao meu irmão, pode citar o nome dele. Se quer saber, toda quarta-feira eu estava lá na Papuda, visitando ele”.

Leia mais:
Justiça nega pedido de condução coercitiva de Lourival Louza