A influência do deputado estadual e presidente da Alego, Bruno Peixoto, sobre o PSB goianiense, somada a aliança dele com o governador Ronaldo Caiado (UB), trava as articulações entre a legenda e o Partido dos Trabalhadores. Composição natural da esquerda, PSB e PT estão juntos nacionalmente representados pelo presidente Lula e o vice Geraldo Alckimin.

Em Goiás, o presidente da Assembleia Legislativa (Alego), tomou a frente do partido e foi responsável pela montagem das chapas de vereadores na capital e no interior. Apesar de ser filiado ao UB, Peixoto conseguiu emplacar o aliado, Vinicius Cirqueira, no comando da legenda em Goiânia. Essa base é composta ainda por outros quatro partidos: PRD, Avante, Agir e PMB. O grupo trabalha para indicar o vice na chapa de Sandro Mabel (UB) e também na de Vanderlan Cardoso (PSD).

Para liderança petista, influente na pré-campanha na pré-campanha de Adriana Accorsi (PT), “Bruno Peixoto está em um dilema: ou assume o casamento com Caiado ou libera as bases para apoiar outras coligações”, disse sob reserva. Com isso, segundo este interlocutor, “nem o PT se sente a vontade de conversar com o PSB nem eles se sentem a vontade de falar com o PT”, diz.

Ainda assim, o partido de Accorsi está disposto a fazer uma composição com o presidente da Alego. “Juntar as forças entre o presidente da Assembleia, o presidente da Câmara de Vereadores, Romário Policarpo, e o Governo Federal para trabalhar por Goiânia com uma perspectiva de firmar um nome para disputar o Governo Estadual em 2026”, analisa.

Apesar dessa dificuldade relatada, a presidente estadual do PT, a vereadora Kátia Maria tem mantido diálogos com o presidente do PSB em Goiânia Vinicius Cirqueira. “Adriana tem projeção boa e gera uma expectativa de poder real com participação no governo e traz ainda uma vantagem do cenário nacional, que precisa ser ressaltado”, comentou.

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