Libras poderá se tornar disciplina obrigatória na rede de ensino de Goiânia
19 junho 2018 às 16h32
COMPARTILHAR
Proposta de autoria da vereadora Cristina Lopes tramita na Câmara Municipal
A vereadora Cristina Lopes (PSDB) apresentou nesta terça-feira (19), na Câmara de Goiânia, projeto de lei que visa incluir o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas escolas da rede pública da capital. Pela proposta, a Libras deverá ser oferecida desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental como disciplina curricular obrigatória no Município.
Cristina cita, ao justificar sua iniciativa, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB, número 9394/1996). “De acordo com a perspectiva da Lei, o professor deveria ser o responsável por mediar e incentivar a construção do conhecimento do aluno com deficiência auditiva, por meio da sua interação com os estudantes e do desenvolvimento de estratégias pedagógicas que os atendam em suas necessidades”, destaca a vereadora, acrescentando que, “fazer a escola bilíngue, irá torná-la mais inclusiva”.
Outro dispositivo lembrado pela parlamentar goianiense na Justificativa da matéria é a Lei Federal número 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e assegura atendimento e tratamento adequados aos portadores de deficiência auditiva por parte de instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde.
“As interações acabam sendo bastante limitadas para deficientes auditivos, já que, em geral, a comunicação é feita por meio de poucos gestos, criados por suas próprias famílias. Com isso, o aprendizado da criança é reduzido, assim como o círculo de pessoas capazes de conviver com essa comunicação”, argumenta Cristina Lopes.
“São inúmeras as situações em que a criança deficiente auditiva não consegue dizer o que está sentindo ou ocorrendo no momento por não saber se comunicar ou se expressar”, completa.