No Plenário da Câmara, vereador denunciou nomeações ilegais, dentre elas a do presidente Denes Pereira. Para o parlamentar, Iris pode responder por improbidade

Arquivo

O vereador Jorge Kajuru (PRP) anunciou nesta quinta-feira (20/4), durante sessão ordinária, que irá entrar com uma ação no Ministério Público de Goiás (MPGO) contra o prefeito Iris Rezende (PMDB) por manter diretores no quadro de funcionários da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) de forma irregular.

No Plenário, o parlamentar lembrou que a Lei 13.303, de 30 de junho de 2016, proíbe a indicação de dirigente estatuário de partido político para o Conselho de Administração e para diretorias de empresas públicas. É o caso do presidente da Comurg, Denes Pereira, que também dirige o PRTB em Goiás.

[relacionadas artigos=”91781″]

Além dele, Kajuru citou o caso do diretor de Operações da pasta, Ormando Pires. Apesar de não dirigir qualquer partido, o ex-secretário trabalhou na realização de campanha eleitoral nos últimos 36 meses, o que, segundo aponta o vereador, também é vedado pela lei. Os diretores Nailton Oliveira e Mizair Lemes, conforme Kajuru, também estariam exercendo suas funções de forma irregular na pasta.

“Acontece que a Comurg é empresa de economia mista e tais nomeações não poderiam ocorrer ali por serem ilegais, ao arrepio da lei. Logo, o prefeito tem que demitir esse pessoal porque estaria ocorrendo em uma ilegalidade”, explicou o vereador do PRP.

Kajuru disse já ter levado o assunto ao conhecimento do prefeito, mas Iris teria recusado o diálogo. “Parece que Iris não me deu ouvido. A lei existe para ser cumprida e sua atitude é de ilegalidade.”

“Iris pode ser enquadrado por improbidade administrativa. O Ministério Público está agora com nosso pedido e tomará as devidas providências legais”, completa.

Especificamente sobre o caso do presidente da pasta, a procuradora-geral de Goiânia, Anna Vitória Gomes Caiado, explicou, no último dia 10, que já estava analisando a denúncia e reconheceu que há sim um impedimento, mas iria analisar o caso, pois a própria lei prevê exceções.