Justiça nega habeas corpus a acusados de atentado contra advogado Walmir Cunha
17 março 2017 às 12h34
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Irmãos Chaveiro são suspeitos de serem os mandantes do crime contra dono de escritório de advocacia em julho do ano passado
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) decidiu que permanecerão presos os irmãos Ovídio Rodrigues Chaveiro e Valdinho Rodrigues Chaveiro, acusados de serem os autores do atentado a bomba que mutilou o advogado goiano Walmir Cunha, em julho de 2015.
Os dois policiais federais aposentados, presos preventivamente desde janeiro deste ano, entraram com pedido de habeas corpus que recebeu voto contrário da relatoria e dos demais desembargadores em sessão realizada na última quinta-feira (16/3). Ainda não houve audiência em juízo sobre o caso.
Consta da denúncia que a vítima representava judicialmente um cliente em uma ação contra um integrante da família dos envolvidos. Insatisfeitos com o trabalho do advogado, os dois acusados teriam encomendado o atentado, enviando, via um motoqueiro contratado, uma bomba em um pacote de presente para Walmir.
Na tarde do dia 15 de julho deste ano, Walmir Cunha recebeu uma encomenda em seu escritório de advocacia no setor Marista, em Goiânia. Pensando se tratar de uma caixa de vinho, presente que costuma receber de um cliente português, o advogado começou a abrir a caixa, mas viu fios e percebeu que se tratava de uma bomba. Avisou a secretária, que segurava o embrulho e ficou paralisada. Walmir voltou, então, para a mesa, pegou a caixa e ao tentar arremessá-la para o outro lado da sala, a bomba explodiu.
Com a explosão, o advogado acabou perdendo três dedos da mão esquerda, sofrendo diversas queimaduras pelo abdômen e uma fratura exposta na perna.