O proprietário do supermercado investigado por espancar e atear fogo em Daniel Fernando de Souza, de 28 anos, em Aparecida de Goiânia, foi solto nesta quinta-feira, 19, após a Justiça acatar o pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO) de relaxar da prisão do empresário. Elier Francisco Ribeiro estava preso desde o dia 6 de setembro.

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O empresário contou com a ajuda de três funcionários para cometer o crime, que também acabaram presos. Um deles, porém, foi solto no dia seguinte durante audiência de custódia. Os demais seguem presos.

Na decisão assinada na noite desta quinta-feira, o juiz Leonardo Fleury Curado Dias justificou que há excesso de prazo para a conclusão do inquérito policial e que faltam elementos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva do investigado. O caso é conduzido pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia.

“Entendo que restou afastado o perigo, eis que verifico que não estão presentes os requisitos ensejadores da prisão preventiva, quais sejam a garantia da ordem pública, da instrução processual e/ou da aplicação da lei penal, vez que não há indícios suficientes de perigo concreto gerado pelo estado de liberdade do requerente”, diz trecho da decisão.

O magistrado, no entanto, impôs medidas cautelares a Elier, como:

  • Comparecimento em Juízo toda vez que for chamado, mantendo seu endereço e comprovante de ocupação lícita atualizados; 
  • Proibição de frequentar bares, casas de jogos e congêneres;
  • Proibição de portar armas ou munições;
  • proibição de manter contato com a vítima ou seus familiares;
  • Proibição de se ausentar desta Comarca ou de Goiânia/GO sem autorização do juiz.

Relembre o crime 

Daniel morreu na manhã do último dia 10, quatro dias depois de ter sido espancado e queimado pelo dono de um supermercado e três funcionários, em Aparecida de Goiânia. Os suspeitos confessaram o crime e alegaram à polícia que a vítima foi flagrada furtando uma sandália.

As agressões aconteceram no dia 6 e, conforme a Polícia Civil (PC), após o crime, os suspeitos abandonaram a vítima em uma área rural de Nova Fátima, em Hidrolândia. O Jornal Opção entrou em contato com o advogado dos investigados, mas não obteve retorno.