A Justiça Eleitoral de Goiás expediu decisão que proíbe o Instituto Serpes de produzir e divulgar pesquisas eleitorais em Morrinhos, a 128 km de Goiânia. A decisão veio após pedido do partido Progressistas, que denunciou diversas discrepâncias nos resultados apresentados pelo Instituto sobre a disputa eleitoral no município. Os representantes do Serpes devem agora apresentar explicações à Justiça Eleitoral sobre a metodologia usada nas pesquisas. 

O partido Progressistas destacou duas pesquisas na denúncia. Em uma delas, o universo amostral apresentado pelo Serpes foi de 89.500, e no outro levantamento, o número indicado foi de 36.278. Entretanto, informações do Tribunal Superior Eleitoral afirmam que o município possui apenas 37.279 eleitores aptos. 

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A sigla destacou ainda diferenças quanto ao número de entrevistados apresentado na nota fiscal e o do plano amostral, além de discrepâncias nas faixas etárias e níveis econômicos apontados nos planos amostrais e nos questionários aplicados. 

“As discrepâncias apontadas quanto ao número total de eleitores que compõem o universo amostral da pesquisa e as divergências de formatação entre os dados constantes de plano amostral e dos questionários efetivamente apresentados às pessoas entrevistadas podem acarretar erros no resultado final da investigação”, afirma a Justiça Eleitoral em decisão. 

A corte determinou investigação mais detalhada sobre o processo de realização da pesquisa, pois a considerou “duvidosa quanto aos parâmetros estabelecidos para inquirição do eleitorado”.

A juíza Raquel Rocha Lemos, da 22° zona eleitoral de Morrinhos, definiu prazo de dois dias para que o Instituto Serpes compartilhe acesso ao sistema interno de controle, verificação e fiscalização de coleta de dados. Caso pesquisas eleitorais continuem circulando, há previsão de multa. 

O Jornal Opção tentou contato com o Instituto Serpes, mas não obteve resposta até o momento de publicação desta matéria. O espaço segue aberto.