Jovair Arantes chama Romário de “ridículo” após receber críticas pelo Facebook
10 julho 2014 às 18h40
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Para o goiano, Romário é um “oportunista” que utiliza da tristeza do povo brasileiro “para se promover, já que é candidato ao Senado”. Valdivino Oliveira também se pronunciou quanto a declarações do ex-jogador
O deputado federal por Goiás Jovair Arantes (PTB) reagiu com veemência às acusações que o também deputado e ex-jogador da Seleção Brasileira, Romário (PSB-RJ), fez em seu Facebook. Para o goiano, Romário é um “oportunista” que utiliza da tristeza do povo brasileiro “para se promover, já que é candidato ao Senado”. “Como jogador ele foi um dos melhores do Brasil; como deputado ele é aético e ridículo”, disse.
Valdivino de Oliveira, que também foi citado no texto do ex-jogador, reforçou o discurso de Jovair afirmando que trata-se de oportunismo. “É oportuno criticar a CBF agora que o Brasil perdeu. Ajuda ele a conquistar mais votos no Rio de Janeiro.”
Romário havia postado nesta quarta-feira (9/7) que a goleada sofrida pela Seleção Brasileira diante da Alemanha na Copa do Mundo é reflexo da deterioração que o nosso futebol sofre “há anos, sendo sugado por cartolas que não têm talento para fazer sequer uma embaixadinha”. Segundo o deputado, tais cartolas ficam “dos seus camarotes de luxo nos estádios brindando os milhões que entram em suas contas. Um bando de ladrões, corruptos e quadrilheiros!”
Ele acusa a CBF de ser uma “instituição corrupta gerindo um patrimônio de altíssimo valor de mercado, usando nosso hino, nossa bandeira, nossas cores e, o mais importante, nosso material humano, nossos jogadores” e afirma já ter pedido o apoio do governo federal para realizar uma intervenção política na entidade, sem receber um parecer positivo.
“Em 2012, eu apresentei um pedido de CPI da CBF, baseado em um série de escândalos envolvendo a entidade, como o enriquecimento ilícito de dirigentes, corrupção, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e desvio de verba do patrocínio da empresa área TAM”, relata.” O pedido está parado em alguma gaveta em Brasília há dois anos. Em questionamento ao presidente da Câmara dos Deputados, sr. Henrique Eduardo Alves (PMDB), ouvi como resposta que este não era o melhor momento para se instalar esta CPI. Não concordei, mas respeitei a decisão. E agora, presidente, está na hora?”, questiona.
Romário contou que viu uma possível solução em um projeto de lei estruturado por Otavio Leite (PSDB-RJ) que constituiria a Seleção Brasileira como Patrimônio Cultural Imaterial, o que obrigaria a CBF a contribuir com alíquota de 5% sobre as receitas de comercialização de produtos e serviços provenientes da atividade de Representação do Futebol Brasileiro. “Esses e outros artigos dariam responsabilidade à CBF, punição a entidades e outros gestores do futebol, a CBF estaria sujeita a fiscalização do TCU e obrigada a ter participação de um conselho de atletas nas decisões”, explicou Romário.
Segundo ele, a proposta não foi para frente por conta de “sete deputados alemães”. “Estes deputados, como todos sabem, fazem parte da Bancada da CBF, mudei o nome porque Bancada da Bola é muito pejorativo para algo que amamos tanto. Gosto de dar os nomes: Rodrigo Maia (DEM -RJ), Guilherme Campos (PSD-SP), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), José Rocha (PR-BA) , Vicente Cândido (PT-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Valdivino de Oliveira (PSDB-GO)”, completou, listando os dois deputados goianos.
Questionado do porquê ter se posicionado contra a proposta, Jovair Arantes disse que se tratava de um texto inconstitucional. “Não podemos votar um projeto que vai contra a iniciativa privada. Nós, deputados, somos guardiões da Constituição. Não podemos aprovar matérias que vão contra ela”, argumentou.