Jayme Rincón: “Postura do Delegado Waldir não agrega”
01 outubro 2015 às 13h22
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Alerta do presidente da Agetop e pré-candidato diz respeito à antecipação de nomes alimentada pelo deputado federal, seu principal concorrente em 2016
Apesar do grande número de pré-candidaturas do PSDB em Goiânia há quem diga que não exista disputa interna para definir quem irá concorrer ao Paço Municipal em 2016. Pelo menos foi essa a avaliação do presidente da Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rincón, em entrevista nesta quinta-feira (1º), durante a segunda edição da Câmara Itinerante, no Setor Jardim Novo Mundo, Região Leste.
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Nos bastidores Jayme tem a preferência do governador Marconi Perillo (PSDB), mas nega. Considera que está havendo antecipação do debate por parte de alguns interessados. A referência é direta ao deputado federal Delegado Waldir, que bate o pé para ser o escolhido.
Ao ser questionado pelo Jornal Opção Online sobre qual seria a solução do problema, o presidente afirmou que o parlamentar poderia investir melhor o tempo dele. “Se focasse na discussão de projetos para Goiânia, tanto a cidade quanto o PSDB estariam mais fortalecidos. Não devemos focar em nomes, o debate é prematuro. O Delegado Waldir é importante para nossos quadros por conta da expressiva votação que teve. Mas o comportamento dele não agrega em nada”, relata.
PSDB no comando da capital
Os velhos tempos da gestão do ex-prefeito Nion Albernaz (PSDB) à frente da Prefeitura de Goiânia foram relembrados por Jayme.
“Chegou a hora de recuperarmos a administração municipal. Vindo para cá percebi que as ruas estavam sinalizadas, limpas e com os meios-fios pintados. Pensei: será que o professor Nion Albernaz reassumiu a Prefeitura de Goiânia? Não, foi o prefeito [interino] Anselmo Pereira, presidente da Câmara de Vereadores, que está colocando o jeito do PSDB administrar em Goiânia”, ressaltou.
E o diferencial do tucanato estar no comando do governo estadual com Marconi Perillo, da prefeitura da capital e da Câmara Municipal, com o presidente interino Tayrone di Martino?
“Imagina se fosse em caráter definitivo, Goiânia estaria bem melhor tendo integrantes do mesmo partido em três esferas diferentes do poder. O governador teria muito mais condições de fazer parcerias se o prefeito fosse aliado. Tentamos desde o início do mandato do atual prefeito [Paulo Garcia, do PT] estabelecer parcerias. Mas todos são testemunhas de que elas não fluíram. Somente agora no final do mandato”, analisa.
Operação
Ainda de acordo com o presidente da Agetop, o próximo gestor será responsável por tirar Goiânia do “caos”. E a Operação Compadrio, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) em agosto, não atrapalharia a corrida à prefeitura caso ele seja o escolhido?
“Não porque não diz respeito à Agetop. [Os promotores] Recolheram material, prestamos informações e até agora não conseguiram apresentar uma única denúncia que pudesse envolver qualquer colaborador nosso”, sustenta, completando que está seguro de sua gestão na agência.
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