Hospital Israelita Albert Einstein é o responsável por nova gestão do hospital municipal de Aparecida de Goiânia; processo para apurar denuncia na contratação foram abertas em março no órgão fiscalizador

O Hospital Municipal de Aparecida Iris Rezende Machado (HMAP) passará a ser gerido pelo Hospital Israelita Albert Einstein a partir de junho deste ano. O processo de licitação foi ganho pela Sociedade Beneficente Israelita e o termo de colaboração foi assinado por representantes na tarde de ontem, 28, para o gerenciamento da unidade hospitalar. A Organização Social (OS) ficou em primeiro lugar no chamamento público para seleção para administração do hospital municipal. Porém, no inicio de março, o Tribunal de Contas do Município do Estado de Goiás (TCM-GO) instaurou um processo para apurar denúncia de que a Secretaria de Saúde do Município (SMS) de Aparecida de Goiânia abriu um chamamento público para contratar uma Organização Social para fazer a gestão do HMAP, sendo que esta licitação estaria direcionada.

A principal razão é buscar entender o por quê foi feita a opção por “contratar uma Organização Social (OS) com exigência do atestado de capacitação técnica em local com mais de duzentos leitos” para gerir o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia. Até o momento, pesam sobre o chamamento suspeitas de que o processo estivesse viciado desde o início para beneficiar alguma OS que seja de preferência de Gustavo Mendanha (sem partido) e Alessandro Magalhães, segundo o Ministério Público de Contas, com atuação no TCM-GO.  

O chamamento para seleção de uma nova instituição responsável pela administração do hospital foi aberto em novembro de 2021. Com isso, a previsão para que o Einstein assuma a gestão do HMAP é para junho deste ano, sendo os meses de abril e maio o período de transição da governança. O hospital aparecidense será o primeiro fora de São Paulo que a instituição irá gerenciar. Em meio aos processos e investigações, editais para a contratação de novos funcionários já estão sendo preparados, assim que divulgados processo de transferência acabarem, informou o  diretor de responsabilidade social Guilherme Schettino.

Durante pandemia

Outra questão envolvendo a administração do HMAP foi na gestão anterior. Isso, porque em 2020, uma operação da Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), revelou desvio de recursos públicos da área de saúde desde o início da pandemia da Covid. As investigações revelaram indícios de esquema criminosos instalado na OS Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), que teria resultado no desvio de cerca de R$6 milhões destinados à compra de materiais e insumos hospitalares voltados, principalmente, ao combate da pandemia. 

Na época, os policiais indicam que as irregularidades teriam ocorrido em Contratos de Gestão relacionados à administração do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), dos Hospitais Estaduais de Pirenópolis (HEELJ), Jaraguá (HEJA) e de Urgências da Região Sudoeste, em Santa Helena de Goiás (HURSO), bem como de centros médicos voltados a tratamento de pacientes de Covid-19 localizados no Estado do Amapá.