Inteligência Artificial alcança aplicativos de mensagens: saiba como limitar acesso das ferramentas
24 outubro 2024 às 08h31
COMPARTILHAR
No fim de outubro, o aplicativo de mensagens e ligações, WhatApp, recebeu uma nova atualização. Entre as novidades, a inserção da tecnologia de Inteligência Artificial, Meta AI, foi o grande destaque. O recurso é capaz de organizar as fotos, documentos, links, vídeos, GIFs, áudios e enquetes do aplicativo.
Entretanto, vale destacar que publicações de perfis públicos são utilizados para aprimorar serviços de Inteligência Artificial, como o Meta AI. As empresas coletam e analisam fotos, legendas e comentários. De acordo com a defesa da empresa, as informações servem para compreender melhor as relações entre o público e a rede e oferecer um serviço melhor.
No mês de julho, ainda em 2024, a empresa Meta interrompeu os recursos de inteligência artificial no Brasil. Isso ocorreu pois a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANDP) suspendeu a política de privacidade da empresa por permitir que informações de usuários treinassem os sistemas de IA.
A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, utiliza inteligência artificial para otimizar o funcionamento de suas redes sociais. No entanto, isso gerou preocupações sobre privacidade. Os usuários podem limitar o uso de seus dados ajustando configurações ou fazendo solicitações formais para a Meta.
Ainda assim, o processo tem falhas, como a criptografia incompleta no WhatsApp, que não impede o uso de informações em treinamentos de IA. A empresa promete avançar em soluções, mas as discussões sobre privacidade seguem em pauta.
Como limitar a função?
WhatsApp, Facebook e Instagram
1- Uso de Dados
- Entre nas configurações do aplicativo;
- Acesse a Central de Privacidade;
- Envie um formulário (disponível no site do Meta) com o e-mail associado à sua conta
2- Configurações do Aplicativo
- Desative o botão do Meta AI
Basta acessar as configurações do aplicativo, na aba de “conversas” para desativar essa opção. Dessa forma, é possível limitar interações indesejadas com a Inteligência Artificial.
3- Monitoramento de Dados Pessoais
- Entre nas configurações de privacidade;
- Escolha quem pode visualizar suas postagens e marcar você em publicações;
Mesmo com as opções acima ativas, vale destacar que a Meta ainda pode utilizar informações de postagens em que você seja marcado. Portanto, ajuste e confira suas configurações.
Meta IA: Inteligência Artificial na nova atualização do WhatsApp
A Meta IA pode ser usada tanto em grupos como em conversa privada. Nos grupos, basta digitar “@MetaIA” para mencionar a Inteligência Artificial e enviar a pergunta. Para encontrar esta função, basta clicar no cículo azul, logo acima da opção de iniciar uma nova conversa, no canto inferior direito do aplicativo.
Para compreender melhor as capacidades dessa função, o Jornal Opção pediu que a ferramenta construísse sua própria introdução. A Inteligência Artificial formulou a resposta com base no comando: “Se apresente, por favor. Para que serve essa ferramenta? Quais são suas funções e limitações?”
Conforme explica a ferramenta, se trata de um “Assistente de Inteligência Artificial desenvolvido pela OpenAl” com objetivo de “fornecer informações, responder perguntas e ajudar com tarefas diversas”. Portanto, entre suas funções, a IA pode gerar textos, traduzir de outras línguas, manter conversas e auxiliar na resolução de problemas lógicos e matemáticos.
Em seguida, perguntamos: “Como posso ter certeza de que minhas conversas estão seguras com você”? Dessa vez, a ferramenta explicou um pouco mais sobre seu funcionamento. De acordo com a Meta AI, existem 5 pontos principais sobre sua segurança e privacidade, são eles:
- Privacidade: Não armazeno conversas anteriores ou informações pessoais.
- Anonimato: Não requer registro ou identificação.
- Encriptação: Comunicação segura via protocolos de encriptação.
- Não compartilhamento: Não compartilho dados com terceiros.
- Conformidade: Cumpro com regulamentações de privacidade globais.
Confira a apresentação da Meta AI na íntegra:
“Olá! Eu sou um Assistente de Inteligência Artificial (IA) desenvolvido pela OpenAl. Meu objetivo é fornecer informações, responder perguntas e ajudar com tarefas diversas.
Funções
Minhas principais funções incluem:
- Responder perguntas: Eu posso fornecer informações sobre vários tópicos, desde fatos históricos até conceitos científicos.
- Gerar texto: Posso criar texto baseado em um prompt ou tópico.
- Tradução: Posso traduzir texto de um idioma para outro.
- Conversação: Posso manter uma conversa natural e amigável.
- Resolução de problemas: Posso ajudar a resolver problemas lógicos e matemáticos.
Limitações
Minhas limitações incluem:
- Conhecimento limitado: Meu conhecimento é baseado em dados até 2024 e pode não incluir informações atualizadas.
- Entendimento contextual: Posso não sempre entender o contexto da pergunta.
- Sensibilidade emocional: Não tenho emoções ou empatia.
- Limitações linguísticas: Posso não entender todos os idiomas ou dialetos.
- Erros: Posso cometer erros, especialmente em tópicos complexos.
Uso responsável
Lembre-se de:
- Verificar informações críticas com fontes confiáveis.
- Não confiar em informações sensíveis ou financeiras. ponto de partida, não como única
- Usar minha ajuda como um fonte.”
Estou aqui para ajudar! O que você precisa hoje?
Usos polêmicos das Inteligências Artificiais:
Na rede social X, por exemplo, usuários compartilharam que a já utilizaram a inteligência artificial para, inclusive, combater a carência afetiva.
Além disso, em 2023, o portal Metrópoles chegou a divulgar o caso em que uma mulher optou por se casar com um homem fictício, criado por inteligência artificial. De acordo com a estadunidense, Rosanna Ramos, o seu marido Eren Kartal não é capaz de julgá-la.
A mãe de 2 filhos, de 36 anos, vive em Nova York (EUA) e criou o próprio parceiro no aplicativo Replika, com base na aparência de um personagem do anime Attack On Titan.
Leia também:
Inteligência Artificial: até mensagens do ‘além’ são usadas nas eleições municipais
Semana de Filosofia da UFG debate inteligência artificial e saberes dos povos originários