Decisão oficial será anunciada em 5 de janeiro, após fim de consulta popular

Foi anunciado pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira, 27, que a imunização de crianças de 5 a 11 anos contra Covid-19 deve ser iniciada ainda no mês de janeiro de 2022. Em nota publicada. a pasta declarou ser favorável a inclusão das crianças no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO), mas que a formalização da decisão só ocorrerá no dia 5 de janeiro, depois que a “sociedade for ouvida”.

 “A recomendação do Ministério da Saúde é pela inclusão das crianças de 5 a 11 anos na Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), conforme posicionamento oficial da pasta declarado em consulta pública no dia 23 de dezembro e reforçado pelo ministro da Saúde em manifestações públicas. No dia 5 de janeiro, após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro”, diz a pasta, em nota.

A imunização de crianças contra a Covid-19 chegou a ser defendida pela secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na nota, ela ressaltou que antes de recomendar a vacinação do grupo, diversos testes clínicos foram realizados por cientistas, de modo que nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada no processo.

“Existem questões importantes a serem consideradas para vacinar crianças e adolescentes que vão além dos benefícios diretos à saúde de quem recebeu a vacina. A elevada cobertura vacinal contribuirá para redução da transmissão do Sars-CoV-2 neste grupo e, por conseguinte, reduzirá a transmissão de crianças e adolescentes para adultos, idosos e imunocomprometidos”, complementa Leite.

Na véspera de natal, 24, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski chegou a abrir prazo de cinco dias para que o governo de Jair Bolsonaro (PL) explicasse a exigência de prescrição médica para a imunização de crianças – declaração dada pelo chefe da pasta de Saúde, Marcelo Queiroga, com a justificativa de que a morte de crianças pela doença estava em um “baixo patamar”. O despacho foi acionado depois que o partido Rede Sustentabilidade acionou a corte.