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Carta de Eça Queiroz sugere que foi ludibriado e menciona dificuldade para publicar o romance Os Maias

[caption id="attachment_15645" align="alignleft" width="300"]Eça de Queiroz: em sua carta, o escritor português fala das mortes dos escritores ingleses Thomas Carlyle e George Eliot (Mary Ann Evans) Eça de Queiroz: em sua carta, o escritor português fala das mortes dos escritores ingleses Thomas Carlyle e George Eliot (Mary Ann Evans)[/caption] Bristol, ao Fevereiro 1881. Querido Ramalho O seu tempo é precioso; portanto, sem considerações gerais armadas em pórtico, vou direito ao meu caso. Venho pedir-lhe que se encarregue de uma missão: ir ao Diário de Portugal, e exigir em meu nome, aos cavalheiros que dirigem esse jornal, uma explicação. Aqui lhe ponho os fatos, condensados, e nas linhas essenciais: Quando eu estive em Lisboa, o Malheiro pediu-me que escrevesse para o Diário um romance: apelou urgentemente para a nossa velha amizade, e deu-me razões determinantes. Para o satisfazer, interrompi a Capital, estragando-a para sempre, creio eu, porque vejo agora que não poderei recuperar o fio de veia e de sentimento em que ela ia tratada; e faltei aos meus compromissos com o Chardron. O contrato com o Malheiro era eu dar-lhe uma novela de vinte e cinco a trinta folhetins, com a remuneração de trinta libras, preço de amizade. Apenas o trabalho ia em meio, reconheci que tinha diante de mim um assunto rico em caracteres e incidentes e que necessitava um desenvolvimento mais largo de “romance”. Comuniquei isto ao Malheiro, que se alegrou — e para fazer pacientar os leitores do jornal, presenteei o Diário com uma novela: o Mandarim (grátis!!!) Mal vira porém que eu ia fazer um romance tratei de lhe assegurar uma existência mais longa que as das folhas volantes de um jornal: ocupei-me da sua aparição em livro. O Chardron aceitava as minhas propostas (se bem me lembro, uns quatrocentos mil réis em dinheiro e mais uns livros, etc.) mas com a razoável condição de que o romance (a esse tempo já com o título decidido: Os Maias) seria primeiro impresso e remetido para o Brasil, depois publicado em Lisboa no folhetim do Diário: isto era justo para evitar a contrafação sobre os folhetins remetidos daí para o Rio. O Malheiro, porém, recusou esta combinação: isto é, ele não tinha direito de recusá-la; suplicou-me que a não efetuasse, com receio de que o Chardron, apenas publicado o romance, o pusesse traiçoeiramente à venda em Portugal. O receio era pueril, mas eu cedi ao Malheiro — perdendo desde logo as excelentes ofertas do Chardron! Propus então ao Malheiro que editássemos nós ambos o livro. Êle recusou-se também, e com muito critério, porque, sem experiência nem relações, corríamos a um prejuízo certo. Durante todas essas negociações, o manuscrito inicial de Os Maias ia-se completando. Instei, pois, com o Malheiro, para que me deixasse resolver de qualquer modo a questão da edição em volume. Depois de longos silêncios, renovadas instâncias minhas — o Malheiro aparece-me com uma brilhante proposta: uma firma editora de Lisboa oferecia-se a publicar o livro, dividindo ao meio os produtos comigo. E os detalhes da proposta eram ainda mais belos: a edição seria rica, seis mil exemplares, para começar, etc., etc. Imagine Você, querido Ramalho, a minha alegria: escrevi ao Malheiro uma carta de reconhecimento comovido: e como via nessa proposta uma pequena fortuna (o Malheiro afiançava-mo) decidi logo fazer não só um romance, mas um romance em que eu pusesse tudo o que tenho no saco. A ocasião, confesse, era sublime para jogar uma enorme cartada. Havia na proposta uma coisa vaga: era que eu não devia comunicar com a firma —meus manuscritos, provas, notas ao revisor, etc., tudo deveria ir pelas mãos do Malheiro ou do Sr. Tomás Sequeira. De fato, na proposta, o meu nome não aparecia: o contrato era feito entre o Malheiro e o editor; o Malheiro é que devia receber os proventos e passar-mos a mim; enfim, era como se fosse o Malheiro que escrevesse o livro. Isto era vago e confuso — mas desde que o Malheiro estava no negócio — era como se estivesse eu mesmo: eu tenho tanta confiança nele como em mim; o que me incomodava era não poder comunicar diretamente com os revisores. — Mas, enfim, trabalhava com grande esperança, dia e noite, e Os Maias estavam um robusto e nédio livro em dois volumes, um verdadeiro éclat para o burguês. Uma das condições é que apenas eu começasse a fazer a cópia, iria remetendo os capítulos um a um, e as provas me seriam “logo remetidas sem demora”. Você sabe que isto é indispensável ao meu processo de trabalho. E o Sr. Tomás Sequeira escreveu-me dizendo que tudo estava pronto, à espera do original, e a imprensa impaciente! Remeti os dois primeiros capítulos, enormes, setenta páginas de impressão. E esperei ansiosamente as provas. Passaram quinze dias, um mês, dois meses, três meses. Nada! Comecei a inquietar-me e (idiota!), remeti o terceiro capítulo, outras trinta páginas de impressão. Recomecei a esperar: passaram-se quinze dias, um mês, mês e meio. Nada! Nem provas, nem carta. Nada. Escrevi, ansioso, ao Malheiro, suplicando que me dissesse onde estavam as provas — o que fora feito do meu manuscrito? O Ma­lheiro, apesar de repetidas instâncias, não me respondeu. Aflito já, dirigi-me ao Sr. Tomás Sequeira, numa carta humilde, patética, em que lhe implorava uma linha num bilhete de visitas. O Sr. Sequeira não se dignou responder-me. E aqui estou! Afianço-lhe, sob palavra de honra, que estas coisas monstruosas e indignas são exatas. Eu, por enquanto, porém, não quero tomar uma resolução forte. Quero que Você, primeiro, arranque a esses cavalheiros a resposta que eles me recusam a mim. Quero que Você não saia do Diário de Portugal, sem que lhe tenha sido declarado: — Quais são as razões de uma tal descortesia? — Qual a intenção do jornal a respeito da publicação de Os Maias? — Por que não me foram mandadas as provas? — Onde está o meu manuscrito? Estava última pergunta é importante, querido, porque, burro que sou, inutilizei o manuscrito inicial desses capítulos: só tenho a cópia que mandei. Para completar os renseignements, devo dizer-lhe: que o Malheiro já pa­gou Os Maias; que o romance está pronto no manuscrito inicial: que há (para diante do terceiro) outros capítulos copiados, e quase prontos: que a suspensão das provas, e a suspensão de tudo, fez que eu suspendesse, ou abrandasse a atividade do trabalho. Confio esta questão à sua amizade, querido — e desde este momento fico, portanto, tranquilo. Se for necessário tomar qualquer resolução, tome-a. E faça desta carta, se quiser, uso para com esses senhores. Pode Você imaginar o espanto e a melancolia em que estou — ven­do que depois de ter sacrificado a Capital, os interesses que me fazia o Chardron e quase um ano de trabalho incessante — recebo em paga, desconsideração, desprezo e a des­truição de muitas esperanças. É duro. Enquanto a Os Maias — eu mesmo suponho um razoável trabalho — e isto aumenta a minha indignação... Basta de Maias. Eu já não ouço de Você há períodos — a não ser pela Gazeta de Notícias. Estranha maneira de receber notícias de um camarada: mas ela basta-me; prefiro que Você não me mande da sua prosa manuscrita — contanto que me faça ler artigos como aquele sobre a estátua do Herculano — ou as impressões da Traparia. Estas últimas verdadeiro acepipe de gourmet. Je me’n suis leché les babouines. Que justa sobriedade, que bom gosto, que finura, que intensidade de expressão! Você é o demônio; como é que Você consegue tirar do seu interior todas essas belas coisas? Por aqui nada de novo — e o que há contrista suficientemente o coração do homem livre, e não menos os interesses do homem pensante. Estão fazendo da Irlanda uma Polônia e dando ao mundo o espetáculo da Inglaterra governando pela lei marcial, como o Czar. Este Gladstone que nos aparecia como o cavaleiro andante das verdades eternas, sai-nos um representante estreito das classes proprietárias do anglicanismo, e de uma espécie de cesarismo filosófico-religioso em que os gênios cristãos devem governar pela força e produzir o progresso autoritariamente... Ninguém o entende, é um tiranete pesado de velhice. O nosso Carlyle foi-se. Outro tiranete, também: um devoto da força do idealismo heroico, dos gênios providenciais. Mas que alma forte, sincera, pura — que alma de profeta! A Inglaterra chorou-o dignamente: toda a imprensa durante dois dias ocupou-se só dele; a sua memória foi celebrada no Parla­mento; todos os professores em todas as universidades e institutos dedicaram a Carlyle o dia da lição; e em todos os templos os pregadores do dia, nas mais pequenas aldeias, fizeram do púlpito o elogio do velho filósofo. Foi um nobre luta da inteligência. Morreu de velhice, extinguindo-se como uma lâmpada, sem doença e sem dor; nos últimos momentos emergiu do coma e disse, com serenidade, para os lados: “Adeus!” Os mais ilustres homens de ciência e arte estavam junto dele. A morte de George Eliot, a grande romancista, também outro desgosto. Enfim, a Inglaterra está em sorte. Esquecia-me dizer-lhe — que espero que Você me responda sobre a questão Maias, ou pela volta do correio, ou no dia seguinte. Não aceite as desculpas portuguesas — de “não recebemos as cartas”, ou “lá mandaremos a resposta”, ou “isso é com o editor”. Eu, o editor não sei quem é. Só tenho negócio com Malheiro e Sequeira. A esses deve Você arrancar a explicação. Confio em si, querido. — Os meus respeitos aos pés da Sra. D. Emília e de suas filhas — e formidável abraço do seu irmão em letras Queiroz Nota: O Jornal Opção não “corrigiu” trechos em que parece haver problemas, como “vou direito ao meu caso” e “‘Os Maias’ estavam”. A carta é endereçada a Ramalho Ortigão.

Livro de Orlando Figes descreve com raro brilho a cultura da Rússia-União Soviética

el-baile-de-natacha-orlando-figes-12301-MLA20058607437_032014-FO inglês Orlando Figes é um dos maiores estudiosos da história russo-soviética. Seu livro “Sussurros”, sobre o stalinismo e a vida privada na União Soviética, é uma pesquisa exaustiva e muito bem escrita. “El Baile de Natacha — Uma Historia Cultural Rusa” (Edhasa, 828 páginas) é, num só volume, um dos melhores estudos sobre a cultura russa. Figes estuda detalhadamente a história da Rússia e reserva um belo e longo capítulo para discutir a cultura no período soviético. Boris Pasternak e Óssip Mandelstam ganham registros ímpares. No último capítulo discute a cultura russa no estrangeiro, abrindo espaço para Yevgeni Zamyatin (1884-1937) — cujo romance “Nós” é a base para o romance “1984”, de George Orwell — e Vladimir Nabokov, autor de “Lolita” e “Ada”, que, a despeito de escrever em inglês e de sua ocidentalização, permaneceu russo por toda a vida, inclusive na profunda admiração por Púchkin, Nikolai Gógol, Liev Tolstói, Tchekhov, Mikhail Liérmontov e Ivan Turguêniev. Curiosamente, Nabokov desprezava Dostoiévski como “grosso” e, portanto, autor do segundo time. Está passando da hora de alguma editora brasileira traduzir o livro de Figes, um erudito que escreve com o máximo de legibilidade, coisa típica dos estudiosos ingleses. Antony Beevor escreveu: “Um estudo maravilhoso, exaustivo, magnífico... uma delícia de leitura”. Difícil discordar. “Um desses livros que nos obrigam a perguntar: como pudemos viver sem ele até agora?”, escreveu Robin Buss, no “Independent on Sunday”. O título do livro tem a ver com o baile de Natacha Rostov no romance “Guerra e Paz”, de Liev Tolstói.

Mário Rodrigues, dono do Grupom, era Deus e virou Demônio para oposições?

Os apoiadores de Vanderlan Cardoso têm verdadeira adoração por Mário Rodrigues, o pesquisador-chefe do Grupom. O instituto tem uma tradição de seriedade e competência, até agora não questionada. Porém, bastou o Grupom apontar que o governador de Goiás, Marconi Perillo, tem chance de ser eleito no primeiro turno, verificados os votos válidos, para um grupo de jornalistas começar a duvidar da qualidade do instituto de pesquisa.

Repórteres deveriam comparar resultado das urnas com declarações de candidatos

Ao final da campanha, repórteres conscienciosos deveriam verificar a falta de veracidades de alguns candidatos. Por exemplo: um dos candidatos a governador tem dito, com frequência, que está “garantido” para o segundo turno. Está mesmo? É preciso anotar o que todos disseram e, contados os votos, mostrar quem estava dizendo a verdade, ou meramente fazendo política e, para tanto, sacrificando-a.

Manchete de O Popular sobre pesquisa eleitoral põe leitor para dormir

A manchete de um jornal é seu cartão de visita. No domingo, 14, o “Pop” publicou uma manchete acomodada: “Pesquisa mostra quadro eleitoral estável em Goiás”. Parece título feito por tucano paulista; mais em cima do muro, impossível. A pesquisa do Instituto Serpes contém uma série de informações que poderiam ter sido destacadas, mas o jornal optou por um título modorrento, que não incentiva ninguém a comprar exemplares.

Na cobertura da campanha eleitoral, repórteres goianos se tornaram autômatos

Alguns repórteres dos principais jornais de Goiânia estão transcrevendo críticas dos candidatos ao governo de Marconi Perillo como se fossem autômatos ou meros datilógrafos. Não checam nada, apenas publicam, às vezes sacrificando a verdade.

Senador Canedo ganha um jornal diário. Alexandre Braga será seu editor

1779927_482789221843532_335248876_nCom 120 mil habitantes, o município de Senador Canedo ganha um jornal diário, o “Diário Canedense” (www.diariocanedense.com.br), que começa a circular na segunda-feira, 22. Com projeto gráfico do design Leonardo Husc, o “Diário Canedense” será editado por seu proprietário, o jornalista Alexandre Braga, e terá uma redação com quatro jornalistas, um diagramador e colaboradores. “Inicialmente”, afirma Braga, “o jornal circulará com oito páginas. Será um tabloide tipo o ‘Metro’”, e vai cobrir política, sociedade, cidade e variedade”.

Caso IstoÉ/Cid Gomes: Supremo decide que função da Justiça não é censurar a imprensa

[caption id="attachment_15625" align="alignleft" width="300"]04112010-04112010EF14648 Governador do Ceará, Cid Gomes / Reprodução[/caption] A “IstoÉ” publicou re­portagem informando que Paulo Roberto Costa disse, em depoimento à Polícia Federal, que o governador do Ceará, Cid Gomes, está envolvido no processo de corrupção da Petrobrás. O trecho no qual o governante cearense é mencionado não pode ser considerado como esclarecedor, mas a revista aparentemente não força a barra, com o objetivo de produzir sensacionalismo. Cid Gomes recorreu à Justiça do Ceará, que proibiu a circulação da revista e mandou recolher os exemplares que estavam nas bancas. Há sempre o risco de magistrados estaduais, eventualmente pressionados por ligações pessoais — ressalte-se que pode não ser o caso do Ceará —, decidirem de maneira não isenta. Porém, o Supre­mo Tribunal Federal, por intermédio do ministro Luís Roberto Barroso, liberou a circulação da revista, explicitando que não é função da Justiça censurar publicações. O STF entende que a parte que se considera ofendida deve processar os denunciantes, mas não tentar proibir, via Justiça, a circulação de jornais e revistas. Uma decisão sábia, dentro da lei e do espírito democrático, do competente ministro Luís Roberto Barroso.

Cileide Alves e Fabiana Pulcineli apoiam Iris Rezende? A questão não leva a lugar algum

Leitores me perguntam se Cileide Alves, editora-chefe do “Pop”, e Fabiana Pulcineli, repórter do mesmo jornal, apoiam a candidatura de Iris Rezende. Não sei, pois nunca perguntei, nem perguntarei, às duas sobre seus posicionamentos políticos-partidários. Simplesmente, porque não me interessa. Pulcineli é uma jornalista crítica, posicionada, aparentemente independente, até onde isto é possível. Alves escreveu uma dissertação de mestrado sobre Iris Rezende e está escrevendo sua biografia. Isto significa que, apesar da simpatia pessoal, o apoia? Talvez não. Seu marido, Fer­nan­do Pereira dos Santos, da cúpula da Secretaria da Educação do Es­tado, apoia a reeleição do governador Marconi Perillo e é muito ligado ao deputado federal Thiago Peixoto (PSD), aliado do tucano-chefe. A discussão em si não tem a mí­nima relevância. Se Pulcineli e Alves apoiam Iris, como querem tucanos, é um direito delas. Moralmente, as duas jornalistas são inatacáveis.

Carlos Cachoeira vai publicar livro sobre mandachuva do PMDB

O empresário Carlos Ca­choei­ra deve publicar um livro com o título de “Falta Alguém no Cepaigo” (uma referência ao célebre livro “Falta Alguém em Nuremberg”, de David Nasser. Esse “alguém” era Filinto Müller, chefe de polícia do governo Vargas). Trata-se de uma coletânea de artigos explosivos. Seis já estão escritos e serão publicados no “Diário da Manhã”. Os demais irão para o livro. Carlos Cachoeira pretende contar a história de sua ligação com um mandachuva do PMDB.

Autobiografia de George Kennan é mapa da mina para entender o século 20

Ja_6217Um retrato vivo do século 20, e não apenas nos Estados Unidos, pode ser visto e apreciado no livro “Memórias” (Topbooks, 788 páginas, tradução de Vera Giambastiani e Antonio Sepulveda, dois volumes), do historiador e diplomata George F. Kennan. O livro, ganhador do Pulitzer e do Book Critics Circle Award, é uma obra-prima. Nenhuma biblioteca de um indivíduo culto pode dispensá-la. Sinopse da editora: “Essa autobiografia revela os anos de George Kennan (1904-2005) como diplomata em Berlim, Moscou e Praga, e em Washington como arquiteto da política externa do pós-guerra. Na ocasião de seu lançamento, em 1967, foi saudada pela revista ‘New Republic’ como ‘o mais precioso livro político escrito por um americano no século XX’. “Criador da ideia de ‘contenção’ da União Soviética, Kennan esteve presente em todos os acontecimentos importantes — desde os anos 40, sob a presidência de Harry Truman, até o fim da Guerra Fria em 1991.” Trata-se de um verdadeiro mapa da mina para entender o século 20.

TV Record de Goiás é a quinta em faturamento da rede em todo o país

Iúri Rincon Godinho Repórteres e apresentadores da Record Goiás têm sido requisitados pela Rede, casos de Manoela Queiróz (“Fala Brasil”), Téo Taveira (correspondente na Europa), Tom Bueno (repórter do “Domingo da Gente”), Alysson Lima (na Record Rio) e Silvyê Alves (que participa diariamente do programa “Cidade Alerta”). Luciano Ribeiro Neto, diretor da Record Goiás, concedeu entrevista à revista “Marketing em Goiás”. Na medida em que eles vão, a emissora consegue profissionais aptos no mercado goiano para substituição? O mercado de jornalismo está superaquecido. Nós nos últimos meses mandamos cinco pessoas para o nacional, como você disse. A dificuldade é encontrar pessoas da região para substituir. Não quer dizer que não vamos conseguir. Por exemplo, o repórter Téo Taveira quando chegou era desconhecido, então, todos eles cresceram dentro da empresa. É uma questão de procurar e garimpar. Como o sr. vê o mercado publicitário em Goiás? É um mercado forte, somos a quinta praça do Brasil em faturamento. Enquanto o Estado é o nono PIB (Produto Interno Bruto) do país, nós somos o quinto maior faturamento do Brasil entre as emissoras da Record. É um número considerável. É um mercado aquecido, forte, as agências são profissionais, temos grandes empresas anunciantes. Temos empresas que exportam mídia, um polo farmacêutico e um governo estável. Nosso principal fator é essa estabilidade. O ano de 2014 é o que a Record esperava? Foi um ano bom em relação a 2013 e 2012. Especificando, o primeiro semestre de 2012 foi ótimo, o ano de 2013 foi ruim, e, em 2014, voltamos aos patamares esperados de uma empresa de comunicação. Iúri Rincon Godinho é publisher da Contato Comunicação.

Carlos Cachoeira prepara série de artigos com o título de “Falta Alguém no Cepaigo”

Comenta-se que um peemedebista, espécie de mandachuva, vai tremer nas bases com o teor dos artigos e com as fotografias. Há também gravações explosivas O repórter Ulisses Aesse, titular da coluna “Café da Manhã”, do jornal “Diário da Manhã”, revela que o empresário Carlos Cachoeira “está escrevendo uma série de artigos” — seis já estão prontos — sob o título geral de “Falta Alguém no Cepaigo” (referência ao célebre livro “Falta Alguém em Nuremberg”, do jornalista David Nasser. O “alguém” era Filinto Müller, chefe de polícia do governo de Getúlio Vargas). “Os textos, segundo fonte próxima a Cachoeira, já está em revisão. Vixe! Pelo jeito, vem nitroglicerina pura”, afirma o bem informado Ulisses Aesse. Consta que Carlos Cachoeira vai publicar um livro com o título “Falta Alguém no Cepaigo”. Um “político do PMDB vai tremer nas bases”, sustenta uma fonte, sobretudo com as fotografias e as gravações (que podem ser acopladas à obra em CDs). Há editoras nacionais interessadas na coletânea de artigos.

Daniel Castro diz que nova apresentadora do Fantástico, Poliana Abritta, é rejeitada por colegas

[Ernesto Paglia e Poliana Abritta: os dois profissionais trabalharam juntos] A saída de Patrícia Poeta do “Jornal Nacional” e a indicação de Poliana Abritta para apresentar o “Fantástico” continuam provocando polêmica. Patrícia Poeta diz que está de saída, em novembro, porque vai apresentar um programa de variedade a partir de 2015. Sua irmã, Paloma Poeta, diz que ela quer apenas ser “feliz”. Julio Hungria, editor do site “Blue Bus”, sugere que William Bonner, editor-chefe e apresentador do “JN”, puxou-lhe o tapete. O clima cordial entre os apresentadores sugere que não há desavença. Um dos mais bem informados jornalistas que cobrem televisão, Daniel Castro, do UOL e ex-“folha de S. Paulo”, publicou um texto, “Jornalistas da Globo bombardeiam nova apresentadora do ‘Fantástico’”, no qual se critica Poliana Abritta. “Os profissionais mais críticos dizem reservadamente que Poliana só foi indicada para a vaga de Renata Vasconcelos, que em novembro vai para o ‘Jornal Nacional’, porque é amiga íntima de Silvia Faria, diretora da Central Globo de Jornalismo, segundo nome mais forte dos noticiários da emissora”, escreve o repórter. Segundo Daniel Castro, “a principal reclamação é que Poliana é ‘crua’ como apresentadora e até corre risco de se queimar em um programa sob forte pressão por audiência e em crise criativa, caso do ‘Fantástico’. Vista como ‘sem carisma’, Poliana furou uma fila de profissionais com muito mais experiência em bancada do que ela, como Ana Paula Araújo, Mariana Ferrão, Christiane Pelajo e Flávia Freire”. Pode até ser que as fontes do jornalista estejam corretas, mas Renata Vasconcelos, quando foi indicada para o jornalismo da Globo, vinha de escassa experiência no Globo News. Deu-se bem e, agora, vai apresentar o “Jornal Nacional”, carro-chefe do jornalismo global. E, aparentemente, não há segredo algum em apresentar o “Fantástico”, um programa de entretenimento. Poliana Abritta não é nenhuma amadora, pois, como diz Daniel Castro, “sempre foi repórter” — a profissão mais nobre do jornalismo (editor é cargo, não é profissão). Isto significa que sabe distinguir fatos importantes de fatos corriqueiros e isto pode melhorar, de certo modo, a qualidade da apresentação do “Fantástico”. “Como apresentadora, atuou no ‘Globo Mar’, dividindo externas com Ernesto Paglia e substituiu outras apresentadoras em telejornais durante as férias delas, com atuação avaliadas apenas como medianas”, anota Daniel Castro. “Avaliadas” por quem? O jornalista não diz. Porém depreende-se do que escreve que tem alguma experiência como apresentadora. As informações de Daniel Castro podem ser verdadeiras, pois se trata de um profissional qualificado, com boas fontes na televisão, mas poderia, para tornar o texto mais verdadeiro, entrevistar, sem “off”, algumas das pessoas que trabalharam com Poliana Abritta. O que Ernesto Paglia, um dos mais experimentados repórteres da tevê brasileira, teria a dizer sobre a jovem repórter? Não dá para acreditar que a Globo escolheu uma “amadora” única e exclusivamente porque se trata de amiga de Silvia Faria. A própria Silvia Faria não bancaria uma pessoa incompetente, sem experiência, porque, além de profissional experiente, isto poderia comprometê-la. O texto de Daniel Castro soa como lobby? Não digo lobby feito pelo jornalista, e sim de profissionais insatisfeitos...

Jornalista famosa complementa orçamento com prostituição de luxo à noite

Com seu estilo corrosivo, Paulo Francis comparava a profissão de jornalista à prostituição. Pois a australiana Amanda Goff, de 40, decidiu que a profissão de jornalista era pouco rentável e, para complementar o orçamento, decidiu dedicar-se à prostituição, que avalia como próspera. Amanda Goff, uma bela mulher, disse ao jornal espanhol “El Mundo” que, no período noturno, com o nome de Samantha, cobra de 800 dólares a 5 mil dólares por serviços sexuais. Ela é apontada como “famosa” — como jornalista — na Austrália. Inicialmente, Amanda ou Samantha começou a trabalhar para o bordel mais luxuoso de Sydney, na Austrália. Seus clientes eram executivos, atletas de ponta e empresários. Ela cobrava, no começo, 450 dólares por uma saída. Depois, mais experiente, passou a cobrar 800 dólares a hora e, para a noite inteira, 5 mil dólares. “Eu não estou infringindo nenhuma lei, não estou machucando ninguém. Acredito que causava mais danos quando trabalhava como jornalista de tabloides em Londres”, afirma Amanda-Samantha. Ele foi repórter dos jornais sensacionalista “Mirror” e “Sunday People”.