Ilézio Inácio: “Se não houvesse questões negativas, teríamos vendido todo o Nexus”
05 novembro 2015 às 20h05
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Dono da Consciente Construtora sugeriu que as denúncias contra o megaempreendimento têm afetado os negócios
Após depor na CEI das Pastinhas, o empresário Ilézio Inácio Ferreira afirmou, na tarde desta quinta-feira (5/11), que a repercussão negativa das supostas irregularidades no Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) do Nexus Shopping & Business têm afetado as vendas do empreendimento.
Em entrevista coletiva, o dono da Consciente Construtora se mostrou preocupado com as investigações da possível fraude no estudo, revelada com exclusividade pelo Jornal Opção. Segundo ele, apesar de ser “o maior sucesso de vendas do mercado imobiliário”, teria sido possível vender todo o Nexus.
“Se a empresa [Construtora Milão, apontada como autora do EIV] tiver cometido fraude, o que nós não acreditamos, vamos acioná-la porque está comprometendo nossa imagem, nosso produto. Claro que impacta negativamente na imagem da empresa.”, sustentou.
O empresário não descartou, ainda, a possibilidade de contratar uma empresa para que um novo EIV seja realizado. “Não tenham dúvidas que vamos tomar todas as providências, até recontratar um novo estudo se for necessário”, reconheceu.
No entanto, Ilézio fez questão de ressaltar que acredita na veracidade do EIV — mesmo após o Jornal Opção ter publicado uma matéria na qual um perito criminal atesta como alta a possibilidade de assinaturas nas pesquisas de opinião terem sido feitas pela mesma pessoa. “Esperamos e contamos que o estudo seja verdadeiro”, completou.
Questionado sobre o impacto que o Nexus causará no trânsito de toda a região, dono da Consciente se mostrou tranquilo. “Nós contratamos três estudos dos melhores institutos de pesquisa do Brasil. Ficou muito claro que aquele é o melhor ponto para o empreendimento. Não poderia estar em um lugar melhor”, argumentou.
Sobre os responsáveis pelo EIV e pela Construtora Milão, os irmãos Paulo de Tarso e Mário Rassi, Ilézio garantiu que não tem relação “nenhuma” com eles e que não conhece “ninguém” de lá.