Criticando parte do PT que quer reaproximação para ganhar cargos, deputado estadual elogiou articulação política do peemedebista e admitiu conversas iniciais

“Parte do PMDB é fisiológica e nada contribuiu para o crescimento do PT”, criticou Humberto | Foto: Y. Maeda

O deputado estadual Humberto Aidar (PT) comentou, em entrevista ao Jornal Opção, os boatos de que seu partido estaria avaliando a retomada da parceria com o PMDB. Segundo ele, a possibilidade existe, mas, na sua opinião, deveria ser muito bem pensada, para não acabar sendo apenas uma maneira de garantir cargos.

“Eu sempre fui um crítico dessa aliança PT-PMDB, até porque esta parte do PT se aliou a um PMDB fisiológico, que nada contribuiu para o crescimento do partido”, pontua o deputado. “E a conversa toma as páginas dos jornais de novo, puxada mais uma vez pelo fisiologismo, imaginando que o PMDB vai ganhar as próximas eleições e o PT vai, de novo, entre aspas, poder ter cargos no governo do Estado”, critica ele.

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Para Humberto, as únicas pessoas que elogiavam a parceria entre as duas legendas na Prefeitura de Goiânia eram aquelas que tiveram secretarias e cargos na administração. Mesmo que o caminho natural do partido seja caminhar com as oposições, defende, o PT deve pensar em projeto de governo.

Apesar das ressalvas quando ao PMDB, o parlamentar diz ver no deputado federal Daniel Vilela (PMDB) um bom nome para ser apoiado pelo PT. Ele conta que esteve em reunião com o peemedebista e com o ex-prefeito e atual vereador Anápolis, Antonio Gomide, e que a conversa foi proveitosa, “não apenas visando a eleição do ano que vem, mas sim de governo, de programa, de projeto”.

“Foi uma conversa a respeito do estado, respeitando o nosso posicionamento. Em nenhum momento o Daniel fez proposta, então, nessa relação de respeito, de alto nível, eu imagino que pode haver uma aproximação. Só não sou favorável a conversas em que antes de você pensar num projeto você começa a discutir cargos”, afirma. Na sua opinião, Daniel está preparado, vem conduzindo articulações com vários partidos e se viabilizando como candidato em 2018.

“Daniel, conseguiu, com esse pouco tempo de governo Temer, ter um entrosamento nos Ministérios, não é um deputado de baixo clero lá em Brasília, tem se preparado, percorrido o Estado, é jovem, deixa de ser essa figura de ser apenas o filho do Maguito”, elogia o petista. “Hoje, ele comanda boa parte do PMDB de Goiás”, finaliza.