Hugo Motta vence eleição na Câmara dos Deputados e defende emendas impositivas e democracia

01 fevereiro 2025 às 20h03

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O deputado federal Hugo Motta (Republicanos – PB) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados e vai comandar a casa pelos próximos dois anos. A votação foi feita através de urnas eletrônicas e o voto foi secreto. O anúncio do resultado foi feito pelo agora ex-presidente, Arthur Lira (PP-AL).
O resultado mostrou que 449 deputados, dos 513 votaram. Motta teve 444 votos, Marcel Van Hattem (Novo-RS) teve 31 votos, Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) 22 votos e dois deputados votaram em branco. No seu primeiro discurso após ser proclamado presidente, Motta igualou a demoracria à estabilidade econômica.
“Faço um apelo, vamos deixar o Brasil passar. Não se pode mais discutir o óbvio. nada pior para os mais pobres do que a inflação e a instabilidade na economia. Defenderemos a democracia porque defenderemos também as melhores práticas e políticas econômicas. Defender estabilidade econômica é defender a estabilidade social.”, afirmou.
Motta também lembrou a figura de Ulysses Guimarães, considerado o pai da Constituição Brasileira e que também da nome ao plenário da Câmara. O novo presidente disse que assume a presidência com o compromisso de servir o Brasil.
Motta usou ainda as palavras de Ulysses Guimarães ao repetir a frase célebre: “Tenho ódio e nojo à ditadura”. Ele ainda defendeu a força do parlamento semelhante ao discurso do recém eleito presidente do Senado Federa, Davi Alcolumbre (UB-AP).
O presidente da Câmara também disse que nunca ultrapassou suas prerrogativas e fez duras críticas ao presidencialismo de coalizão, metodo do sistema político do Brasil onde é comum na relação entre o poder Executivo e o Legislativo na negociação de aprovação de projetos e mendas por cargos, por exemplo, e com isso fazer alianças para garantir governabilidade.
Motta afirmou que o o presidencialismo de coalizão é “um mecanismo político, na verdade um eufemismo de nome pomposo, mas de funcionamento que se provaria perverso. Nada mais, nada menos que a locação, o aluguel, o empréstimo do poder semipresencial do Legislativo ao Executivo”.
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