Júlio Cesar de Oliveira, acusado de divulgar um vídeo íntimo do ator Reynaldo Gianecchini no ano passado, foi formalmente denunciado pelo Ministério Público de São Paulo. A acusação envolve a violação da intimidade do ator e pode resultar em uma pena de até cinco anos de prisão, além de uma indenização mínima de R$ 100 mil.

A promotora Ana Maria Aiello Demadis, que conduz o caso, classificou a conduta de Oliveira como grave e prejudicial à vítima, destacando que o ato teve um impacto significativo na privacidade de Gianecchini. Segundo informações divulgadas pela jornalista Mônica Bergamo, do jornal *Folha de São Paulo*, Oliveira alegou não saber como o vídeo foi parar nas redes sociais, afirmando que seu celular teria sido hackeado. No entanto, as investigações apontaram que as provas nos autos contradizem essa versão, sugerindo que o suspeito pode ter agido de forma deliberada ao compartilhar o conteúdo.

O Ministério Público rejeitou a possibilidade de um acordo de não persecução penal para Oliveira, uma vez que ele não confessou formalmente o crime. Além disso, a gravidade da infração e a extensão dos danos causados foram fatores decisivos para a decisão. A promotora ainda mencionou que Júlio já teria sido responsável por outros incidentes semelhantes em 2016, o que aponta para uma prática recorrente da violação da privacidade de terceiros.

Reynaldo Gianecchini, por sua vez, voltou a se pronunciar publicamente sobre sua vida pessoal e a pressão que enfrenta em relação à sua sexualidade. Em entrevista concedida nesta segunda-feira, 22, o ator, que já se identificou como pansexual, se disse incomodado com as cobranças para que ele “saia do armário”, refletindo sobre como a sociedade continua a tentar definir a sexualidade das pessoas com base em rótulos.

A divulgação do vídeo íntimo de Gianecchini gerou uma onda de críticas à invasão de privacidade e alimentou o debate sobre o respeito às escolhas e à vida íntima das figuras públicas. O caso agora segue para análise judicial, com a possibilidade de Oliveira enfrentar uma pena de prisão e a obrigação de indenizar o ator.

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