Médicos, fornecedores e prestadores de serviço do Hospital Municipal de Aparecida estão sem receber desde abril 

Antiga Organização Social (OS) que geria o Hospital Municipal de Aparecida (Hmap), o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) rebateu as informações da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. A gestão, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), havia destacado que havia repassado todos as verbas contratuais para a empresa que administrava a unidade de saúde até o dia 31 de maio. Nessa quarta-feira, 6, médicos denunciaram que estão sem receber salários desde abril. Atualmente, o Hmap está sob gestão da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que assumiu a unidade em um processo conturbado, no qual até o contrato foi assinado pelo ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota), 12 dias após deixar a prefeitura para concorrer ao Governo de Goiás.

A OS esclareceu que houve apenas um repasse parcial da pasta para pagamentos de salários referente ao mês de maio. “A SMS Aparecida de Goiânia repassou R$ 8.721.703,65 (Oito milhões, setecentos e vinte e um mil, setecentos e três reais e sessenta e cinco centavos), quantia esta, que é inferior à estimativa de passivo do contrato de gestão e esse montante se destinava ao pagamento de salários do mês de maio de 2022 e verbas rescisórias conforme pactuado”, informou o IHGH. 

Além disso, a contratada citou que estão faltando os repasses destinados ao pagamento de fornecedores e prestadores de serviço. Para tanto, o IBGH chegou a notificar a procuradoria da SMS, solicitando dados sobre contratos e valores a serem recebidos. “O IBGH reitera seu compromisso com a verdade e com a transparência dos fatos, bem como a probidade administrativa e com o respeito aos recursos públicos”, cita trecho da nota enviada ao Jornal Opção.

Íntegra da nota do IBGH

O IBGH (Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar), Organização Social gestora do HMAP até o dia 31 de maio de 2022, em resposta a questionamento sobre o repasse de recursos da Secretaria Municipal de Aparecida de Goiânia e o cumprimento de obrigações para com fornecedores e prestadores de serviço esclarece o seguinte:

– A SMS Aparecida de Goiânia repassou R$ 8.721.703,65 (Oito milhões, setecentos e vinte e um mil, setecentos e três reais e sessenta e cinco centavos), quantia esta, que é inferior à estimativa de passivo do Contrato de Gestão e esse montante se destinava ao pagamento de salários do mês de maio de 2022 e verbas rescisórias conforme pactuado;

– Não foram feitos outros repasses destinados a pagar fornecedores e prestadores de serviço, havendo, inclusive contato da procuradoria da SMS com esses solicitando dados sobre contratos e valores a serem recebidos;

– Não é verdade que a SMS de Aparecida de Goiânia tenha feito “todos os repasses da pasta pontualmente”. Falta ainda clareza, respeito à opinião pública e compromisso com a verdade ao não esclarecer o que são pagamentos de salários e verbas rescisórias de colaboradores celetistas que eram contratados pelo hospital e prestadores de serviço terceirizados;

– O IBGH reitera seu compromisso com a verdade e com a transparência dos fatos, bem como a probidade administrativa e com o respeito aos recursos públicos.

A DIREÇÃO