Helio de Sousa acata parecer da comissão e Padre Luiz deve ser exonerado
17 julho 2015 às 18h51

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Presidente da Assembleia encaminhou nota confirmando que decisão do processo disciplinar será seguida na íntegra

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Helio de Sousa (DEM), afirmou que vai acatar na íntegra parecer da comissão responsável pelo processo disciplinar contra o Padre Luis Augusto Ferreira da Silva.
Em nota divulgada pelo site da Alego, o presidente garantiu que pedirá a demissão do servidor, bem como a cobrança dos valores recebidos indevidamente.
Caberá agora ao religioso, conforme resolução nº 1079 (que trata do quadro de carreira dos servidores efetivos), apresentar recurso no prazo de até 120 dias.
O caso
O padre Luiz ganhou destaque na imprensa no início de fevereiro deste ano, após denúncias de que seria servidor fantasma da Alego. O religioso integrava o quadro de servidores ativos da Casa desde 1980 e recebia R$ 11,8 mil, mesmo sem trabalhar.
À época, o fiel se defendeu e disse que usufruía apenas o valor destinado à sua contribuição para o Ipasgo. “Todo restante é destinado às famílias que estão sob a minha responsabilidade e àqueles que diariamente me pedem ajuda”, explicou em sua conta no Facebook.
No último mês, a Justiça goiana determinou a indisponibilidade de bens do padre, no valor de R$ 12.498.228,80. O juiz Eduardo Tavares dos Reis, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiânia, bloqueou, ainda, a cessão de qualquer pagamento pela Alego ao religioso. No dia 30 de junho, a Polícia Civil também indiciou o padre e outros oito pelo crime de peculato-estelionato.