Com o anúncio da doação, Marconi amplia a parceria com a Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG)

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Marconi durante solenidade nesta terça-feira | Foto: Reprodução/Twitter

O governador Marconi Perillo assinou, na manhã desta terça-feira (19/4), convênio com Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), ao liberar de R$ 9,6 milhões para o Hospital Araújo Jorge, em 12 parcelas mensais de R$ 800 mil. A assinatura do documento marcou a posse da nova da diretoria – presidida por Paulo Moacir de Oliveira Campoli –, e do Conselho Fiscal, em substituição à Diretoria Interventora, que assumiu a gestão de 2012 a 2016, por determinação judicial.

Pelo convênio, o Araújo Jorge dará uma contrapartida de R$ 200 mil, na prestação de serviços de fracionamento, diluição e infusão de remédios oncológicos do Centro de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa. Segundo o secretário estadual de Saúde, Leonardo Viela, o Araújo Jorge é a melhor unidade do Centro-Oeste nesse tipo de serviço, e vai garantir uma administração segura. Como resultado, além da infusão diária mínima em 20 pacientes, a unidade vai evitar a perda de medicamentos fracionados, com grande economia para o Estado.

Este é o segundo convênio fechado com a ACCG pela administração de Marconi Perillo desde 2012, quando foi iniciada a reestruturação da associação, com a destituição judicial da diretoria anterior. Naquela época, Marconi liberou à instituição R$ 6,2 milhões, em 12 parcelas de 520 mil.

Após assinar o convênio, Marconi informou, em discurso, sua intenção de manter a parceria com a instituição, dizendo que vai ajudar pelo menos na instalação de aceleradores lineares que estão depositados no Porto Seco de Anápolis.  Acelerador linear é um aparelho de radioterapia, e tem como função emitir a radiação utilizada em diversos tratamentos contra o câncer.

O governador ressaltou que a decisão do Governo de Goiás pelo fechamento do convênio foi voluntária, motivada exclusivamente pela consciência da importância do Hospital Araújo Jorge. E elogiou a eficiência da diretoria anterior, ao tirar a ACCG de um déficit de mais de R$ 74 milhões, sobretudo porque as tabelas do SUS estão há muito tempo defasadas. Citou, por exemplo, o valor de uma diária de leito de UTI, que hoje é de R$ 478. “Se os Estados não ajudarem, essas instituições morrem à míngua”, comentou.

Demonstrando preocupação com essa disparidade, Marconi disse que vai defender, junto aos governadores integrantes do Fórum do Brasil Central, uma atualização dos valores pagos pelo SUS aos hospitais brasileiros. Ressaltou, no entanto, que o momento de crise não colabora. O próprio convênio com a ACCG, segundo Marconi, é quase exceção, na atual conjuntura. Tanto que já pediu à Secretaria Estadual de Saúde a elaboração de nova regulamentação, com critérios ainda mais rigorosos, para a realização de futuras parcerias.

No entanto, em virtude do trabalho realizado no hospital, “lugar de esperança para desesperados”, Marconi garantiu que vai continuar ajudando a instituição até o fim de seu governo, em 2018. E completou dizendo que sai muito feliz do evento por colaborar com uma causa tão justa e humanitária.