Governo Federal estima 150 mil desempregados a mais que no mesmo período do ano passado
28 abril 2020 às 14h42
COMPARTILHAR
Com agências do Sine fechadas devido a pandemia, Ministério da Economia prevê que 150 mil pedidos de seguro-desemprego não foram processados
Na manhã desta terça-feira, 28, o governo federal realizou uma coletiva para detalhar como será a concessão do seguro-desemprego. De acordo com o secretário de Trabalho, Bruno Dalcomo, a partir de agora, o Ministério da Economia irá realizar divulgação quinzenal dos dados de seguro-desemprego.
Durante a coletiva, ele explicou que há três formas de solicitar o benefício: pelos meios digitais, por meio do Sine (que são os meios mais utilizados pela população e são geridos pelos estados e municípios), e também nas superintendências do Trabalho. De acordo com Dalcomo, na primeira quinzena de abril de 2019, 83% das solicitações foram processadas em agências do Sine. Já na primeira quinzena de abril, com o fechamento destes locais, os sistemas digitais foram responsáveis por 90% das solicitações.
“Temos um volume de pedido de seguro-desemprego que é 8,7% inferior ao mesmo período do ano passado, de 1º de janeiro até a primeira quinzena de abril. Ano passado foram dois milhões, neste ano temos um 1,830 milhão solicitações de seguro-desemprego”, informou o secretário. “Com o fechamento das agências de Sine, temos uma estimativa do represamento de 150 mil pedidos de seguro-desemprego. Tão logo as agências reabram ou adotem serviços remotos, esses números vão se ajustar ao valor final do ano”.
Segundo o secretário, São Paulo lidera entre os estados com mais solicitações do direito, com mais de 165 mil protocolos. Em seguida, Minas Gerais, acima de 63 mil solicitações. Em terceiro, o Rio de Janeiro tem mais de 41 mil pedidos do seguro-desemprego.
“Fica claro pelo comparativo que os setores sofrerão. A crise é de grande magnitude, mas não há um setor que esteja descolando do seu perfil histórico”, disse. “Haverá perda considerável de emprego nos próximos meses.”
Congestionado
Ele destacou que o canal 158 está congestionado e, por isso, as pessoas devem ter dificuldades em realizar o protocolo por lá. “Já estamos implementando alternativas para dobrar o número de posições no teleatendimento. Equipes já estão em treinamento. As alternativas digitais são mais conhecidas da população.”