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Balanço da Seduce mostra que 479 projetos culturais foram beneficiados por diferentes fontes de financiamento 

Marconi cumprimenta Orquestra Filarmônica de Goiás | Foto: Wagnas Cabral

O setor cultural de Goiás recebeu investimento recorde do governo do Estado em 2017. É o que aponta um balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte.

As diferentes fontes de financiamento da produção artística do Estado implantadas pelo governador Marconi Perillo (PSDB) garantiram aporte de R$ 62,4 milhões no setor. Os recursos beneficiaram diretamente 479 projetos.

Fundos, leis de incentivo, programas, festivais e formação artística, compõem a destinação do considerado maior montante já disponibilizado para a área. “Sempre valorizei e amei a cultura. É um compromisso sagrado que eu tenho”, afirma Marconi. A maior parte dos investimentos é aportada pelos dois principais programas de fomento à Cultura em Goiás: o Fundo de Arte e Cultura (FAC) e o Programa Estadual de Incentivo à Cultura (Lei Goyazes).

Somete o FAC e a Goyazes, juntos, destinaram R$ 45 milhões para projetos culturais. Neste ano, Marconi anunciou o aporte de mais R$ 3 milhões para a Lei Goyazes. Dessa forma, os recursos para financiamento dos 50 projetos contemplados saltaram de R$ 6 para R$ 9 milhões. Com relação ao FAC, os projetos financiados são selecionados via edital público. Eles receberam aporte de R$ 36 milhões.

A 19ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2017) recebeu investimentos de R$ 3 milhões. A mostra exibiu 25 filmes ambientais. O Fica é considerado o maior festival de cinema ambiental da América Latina, Neste ano, distribuiu R$ 280 mil em prêmios. Integram o Fica, também, oficinas de arte, simpósios, feiras e palestras sobre cinema e preservação do meio ambiente.

O Canto da Primavera recebeu aporte de R$ 1,9 milhão. A edição deste ano homenageia os 290 anos da cidade de Pirenópolis. São 30 atrações goianas, dentre elas, quatro de Pirenópolis; oito atrações nacionais e 12 oficinas. O festival vai até o dia 8 de outubro. Os shows serão no Cavalhódromo de Pirenópolis e no Cine Pireneus. A programação completa pode ser acessada no site da Seduce.

Uma das maiores responsáveis pela projeção de Goiás no cenário nacional e internacional no setor da Cultura, a Orquestra Filarmônica de Goiás recebeu, neste ano, R$ 2 milhões. O Itego em Artes Basileu França, responsável pela formação de 4,8 mil alunos em música, dança, artes visuais, cênicas e circo, aportou R$ 8 milhões.

A Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, por sua vez, recebeu R$ 1 milhão via Bolsa Orquestra. O Itego Labib Faiad, sediado em Catalão, segue o mesmo padrão do Basileu França, e obteve R$ 1,5 milhão em investimento.

Foto: divulgação/ Seduce

Casa e berço de inúmeras manifestações artísticas na cidade de Goiás (GO), passando do teatro à dança, da música ao cinema, o Cine Teatro São Joaquim reabriu suas portas no dia 2 de junho para voltar a receber a maior riqueza de seus moradores: a cultura.

O restauro do Teatro foi uma parceria entre os governos federal, estadual e municipal. O prédio é de propriedade da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) e a obra, de responsabilidade da prefeitura. Os recursos foram federais, oriundos do PAC Cidades Históricas. Ao todo, foram investidos R$ 10,09 milhões. A equipe da Seduce acompanhou, junto com o Iphan, todo o processo do restauro, do planejamento a conclusão da obra.

A requalificação atendeu às condições de acessibilidade universal e reequipou o Cine Teatro com novos sistemas de cênica, luminotécnica, acústica, projeção, refrigeração, prevenção de incêndio, subestação de energia e gerador, além de ampliação do backstage, área técnica, camarins e administração. Outro destaque da intervenção é a incorporação de um painel artístico ao foyer, com autoria do artista plástico e intelectual goiano Elder Rocha Lima, retratando a Serra Dourada.

A expectativa é de que o Cine Teatro São Joaquim se consolide agora como o principal equipamento cultural do interior do Estado de Goiás, dinamizando a vida cultural da cidade e atraindo desenvolvimento econômico e social.

Futuro 

Sob a coordenação da Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico (SPHA), o projeto que cria o Circuito Cultural Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira abrange restauro, requalificação e a musealização dos seis edifícios que integram o local. Todos terão novo uso, priorizando a função cultural.

Serão criados espaços interativos, museus, bibliotecas, arquivo histórico, centro de pesquisa e estudo, galerias de arte, cinemas, oficinas de teatro, música, entre outros. O projeto de grande valor arquitetônico e urbanístico está em fase de aprovação pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e de definição de orçamento para a licitação das obras.

O circuito está orçado em R$ 75 milhões, metade patrocinado pelo PAC Cidades Históricas e metade em projetos via Lei Rouanet.

O governo do Estado anunciou, ainda, que vai construir novos centros culturais em dez cidades goianas: sete na região do entorno de Brasília, duas na Região Metropolitana de Goiânia (Senador Canedo e Goianira) e um na cidade de Posse, no Nordeste Goiano. O recurso, da ordem de R$ 90 milhões, já está assegurado. A Seduce já fez contato com as prefeituras, uma vez que a contrapartida das cidades é disponibilizar o terreno para a obra.

Os projetos dos Centros Culturais serão licitados pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, contratado pela Seduce. Serão licitados quatro modelos e as prefeituras escolherão o mais apropriado à sua região.