Pasta informa que foram notificados dois casos no estado, mas um foi descartado e o outro permanece suspeito

O Ministério da Saúde informou que Goiás tem o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos. Segundo a pasta, foram notificados dois casos no estado. No entanto, um foi descartado e o outro permanece suspeito. Ao todo, até o momento, no Brasil, foram notificados 80 casos da doença. Destes, 20 casos foram confirmados e 14 casos, incluindo o de Goiás, permanecem suspeitos. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a investigação dos casos suspeitos está em andamento e as coletas para análise laboratorial já foram realizadas.

A superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, informou que o caso suspeito é o de uma mulher de 43 anos, residente em Goiânia. De acordo com Flúvia, já foi realizada a coleta de amostras. “Algumas serão processadas aqui e outras foram enviadas para fora aguardar os resultados para verificar se esse caso vai confirmar ou não”, explicou.

Segundo o ministério, é considerado caso suspeito o indivíduo que, a partir do dia 15 de março de 2022, tenha apresentado erupções cutâneas pelo corpo. Entre os sintomas, também estão a febre e o inchaço dos gânglios (linfonodos). A pasta ainda ressalta, em caso de suspeita da doença, deve ser feito o isolamento imediato da pessoa e coletadas as amostras clínicas.

Varíola dos macacos

A varíola dos macacos (Monkeypox) não é uma doença nova. Foi descoberta pela primeira vez em um macaco em 1958, o que levou à origem do nome. No entanto, a primeira infecção em um ser humano foi descoberta em 1970 em uma criança pequena na República Democrática do Congo, no continente africano.

O vírus Monkeypox causa uma doença com sintomas semelhantes à varíola comum, mas menos graves. Embora a varíola tenha sido erradicada em 1980, a varíola dos macacos continua a ocorrer em países da África Central e Ocidental.

Desde a década de 1970, um número crescente de casos foi reconhecido, em particular, nos últimos 5 a 10 anos. A doença é endêmica em partes da África, onde é registrada a maior parte dos casos, incluindo mortes, há décadas. No entanto, desde maio, tem sido registrados casos em outros países que normalmente não têm a doença.