Goiânia registra neste ano 25 casos de Leishmaniose, doença transmitida por mosquito-palha
22 julho 2014 às 12h23
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Por ano dois milhões de novos casos da enfermidade são registrados no mundo, três mil apenas no Brasil e caracteriza-se por apresentar feridas indolores na pele ou nas mucosas do indivíduo afetado
O Hospital de Doenças Tropicais Dra. Anuar Auad (HDT) registrou de janeiro ao final de junho deste ano 25 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), número que representa exatamente a metade dos casos registrados em 2013. Pela incidência no Estado, o hospital goiano tornou-se referência nacional no diagnóstico e no tratamento da doença infecciosa e, por esse motivo, recebe, nesta quarta-feira (23/7), a visita do professor Leo Joosten, pesquisador na área de imunologia de uma universidade pública da Holanda.
Segundo a diretora de ensino e pesquisa do HDT, Ledice Inácia, o especialista europeu examinará pacientes antendidos no ambulatório de endemias no hospital. “A visita do pesquisador visa fomentar o intercâmbio na área de pesquisas em LTA, pois é uma doença negligenciada e o desenvolvimento de trabalhos é fundamental para que no futuro exista uma vacina”, disse.
O médico holandês da Radboud University conhecerá o trabalho realizado pelo hospital, que oferece, há mais de 35 anos, assistência especializada na área de doenças infecciosas em Goiás.
A doença, conhecida como “úlcera de bauru” e “ferida brava”, é transmitida pelo mosquito-palha e caracteriza-se por apresentar feridas indolores na pele e nas mucosas do indivíduo afetado. Por ano aproximadamente dois milhões de novos casos de leishmaniose são registrados no mundo, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), e no Brasil, o Ministério da Saúde estima que quase três mil pessoas sejam contaminadas pela doença.
A LTA provoca úlceras na pele e nas mucosas oral e nasal. O tratamento consiste na administração de medicamentos específicos e acompanhamento especializado até a alta definitiva.
Segundo o Ministério da Saúde, as medidas preventivas devem visar a redução do contato entre o homem e vetor. A melhor forma de se prevenir contra a doença é utilizar mosquiteiros com malha fina, fazer a telagem de portas e janelas, usar repelentes, realizar a limpeza dos quintais, terrenos e praças, eliminando fontes de umidade, além de deixar que os animais domésticos não fiquem dentro de casa, ou seja, medidas de higiene e conservação ambiental que evitam a proliferação do inseto.