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Durante a posse do diretório do PL60+ nesta segunda-feira, 30, em Goiânia, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, oficializou publicamente o senador Wilder Morais como pré-candidato do partido ao governo de Goiás em 2026.

A fala reforça o protagonismo de Wilder dentro da legenda e fortalece sua posição como um dos principais nomes da oposição no estado.

“Temos um assunto muito importante para resolver em Goiás. Vamos fazer um trabalho no PL Nacional, que vai ser uma das candidaturas mais importantes nossas, que vai ser o senador Wilder aqui, candidato a governador em Goiás”, afirmou Valdemar, arrancando aplausos do público majoritariamente bolsonarista.

Apesar da sinalização contundente do comando nacional do partido, o aval definitivo ainda depende do ex-presidente Jair Bolsonaro, líder máximo da sigla e peça central nas articulações eleitorais. Nos bastidores, a avaliação é de que Wilder já tem o caminho praticamente consolidado, mas a bênção pública de Bolsonaro é aguardada para selar a candidatura sem margem para dúvidas.

A declaração de Valdemar também desmonta rumores recentes de que o senador poderia compor uma chapa com o atual vice-governador Daniel Vilela (MDB), ocupando a posição de vice. O recado direto esfriou o desejo de parte do entorno do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em articular uma composição local com o PL para evitar o confronto entre candidaturas do mesmo campo ideológico.

Durante o discurso, Valdemar não poupou elogios a Wilder: “Ele é habilidoso, elegante, um orgulho para o partido. Ele no governo de Goiás, eu tenho certeza que Goiás vai ficar ainda melhor”, projetou. Segundo o presidente do PL, “será uma das candidaturas ao governo mais importantes para o partido”.

A expectativa é de que a pré-campanha de Wilder seja conduzida com discrição nos próximos meses, com lançamento oficial previsto entre março e abril de 2026.

Embora afaste, por ora, uma aliança no plano estadual, Valdemar tem sinalizado nos bastidores que enxerga em Caiado um “bom quadro” e não descarta uma composição nacional com o União Brasil. Para ele, uma aliança entre centro-direita e direita será essencial para 2026: “Se não for assim, a esquerda vence. O outro lado também é forte”, avaliou em conversa reservada.

Isso, no entanto, não significa apoio ao projeto presidencial de Caiado. A prioridade do PL segue sendo Jair Bolsonaro. “Esse julgamento que ele passa é mais político do que qualquer outra coisa”, reforçou Valdemar. Questionado se há um plano B, ele foi direto: “Se lá na frente for necessário, isso vai passar evidentemente pelo Bolsonaro”.