Cenário da produção do grão aponta ainda para recorde na série histórica, e  vem ganhando espaço no mercado como substitutivo na alimentação animal

Metade do total de 2,6 milhões de toneladas de sorgo da produção estimada no País para a safra 2020/2021 é de Goiás| Foto: Arquivo/ Agência Brasil

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), metade do total de 2,6 milhões de toneladas de sorgo da produção estimada no País para a safra 2020/2021devem sair de Goiás. O total de 1,3 milhão de toneladas estimado no estado deve manter Goiás como maior produtor nacional do grão.

Os dados analisados, apontam expectativa de acréscimo da produção de 17,5% em relação à safra anterior, em uma área plantada de 374,9 mil hectares e esse aumento se dá em razão da melhoria da produtividade, que hoje está estimada em 3,4 toneladas por hectare. Com isso, o sorgo deve bater mais um recorde na média histórica de produção, superando o recorde anterior que era da safra 2010/2011.

Produção

No estado, os municípios que mais se destacam na produção de sorgo são Paraúna, que aparece em primeiro lugar no ranking estadual, seguida por Rio Verde, Acreúna, Goiatuba e Catalão. Os dados incluem indicadores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ministério da Economia.

O grão vem ganhando espaço por se configurar como uma opção de cultivo na segunda safra, para cobertura do solo, produção de silagem e grãos, além da adaptação às condições climáticas, baixa demanda hídrica, tolerância à presença de alumínio em solos ácidos, cultivo mecanizado, demanda por alternativas na formulação de rações para animais e, principalmente, o baixo custo de produção.

“O sorgo pode ser substitutivo de vários cereais que compõem as rações e hoje estão em um patamar de preço mais elevado, como o milho. Com isso, pode ser interessante para o produtor de sorgo observar essa dinâmica do mercado”, conclui o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto.