De 2019 a 2023, o Governo de Goiás investiu 6,4 bi na educação estadual. Os dados foram apresentados pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) na manhã desta sexta-feira, 15. De acordo com o Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (Saego), os alunos do 9° ano e da 3ª Série do Ensino Médio apresentaram uma elevação no padrão de desempenho. O Saego tem o objetivo de diagnosticar o nível de aprendizado dos alunos matriculados na rede estadual.

No início do ano, houve uma avaliação diagnóstica e, por volta de junho, foi realizada uma avaliação formativa para acompanhar o progresso dos estudantes. Em outubro, a última avaliação foi conduzida, conhecida como saída institucional. “Ao analisar os resultados nesta semana, constatamos que Goiás está no caminho certo. Os dados e resultados obtidos foram muito positivos, indicando um crescimento significativo na aprendizagem dos estudantes. Esses resultados refletem nosso compromisso com a equidade, e observamos melhorias consistentes em todas as regiões”, explicou Alessandra Oliveira de Almeida, diretora pedagógica da Seduc.

Desempenho dos alunos do 9° ano. | Foto: Seduc

A titular da Seduc, Fátima Gavioli, comemorou os resultados. “Em relação à matemática vocês viram aí na avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) que é uma das maiores dificuldades hoje do nosso país. A forma que Goiás tem encontrado é principalmente ampliando. Segundo a carga horária de português e matemática, nós já estamos fazendo isso desde 19, mas o efeito disso começou mesmo a partir do ano passado”, concluiu.

Ela explicou que a atual realidade educacional em Goiás destaca uma matriz curricular e diretrizes pedagógicas concentradas no ensino de Português e Matemática. Além disso, o estado implementou projetos e programas que utilizam tecnologias, como Chromebooks e notebooks, para oferecer aulas no contraturno. Antigamente denominadas como reforço, essas aulas agora são reconhecidas como recomposição da aprendizagem.

O impacto da pandemia na educação gerou desafios, e especialistas previam um período de cinco anos para colher os frutos das medidas de recomposição. Surpreendentemente, de acordo com dados do SAEGO, Goiás atingiu esse objetivo em apenas dois anos, retornando aos níveis de 2019.

Embora os resultados sejam encorajadores, o trabalho não pode parar, pois há ainda muitos alunos abaixo do nível esperado. O compromisso contínuo com a aprendizagem das crianças permanece fundamental. A secretaria de educação está focada em implementar mudanças significativas a partir do próximo ano, incluindo alterações no uniforme e uma atenção especial aos professores.

Apesar dessas mudanças, as aulas não sofrerão alterações substanciais. O destaque será a nova proposta para o ensino médio, que agora enfatiza um percurso formativo pautado na formação geral básica, afastando-se da antiga estrutura baseada em trilhas e coordenação por área, conforme proposto no Senado.

A Secretaria de Educação de Goiás concentrou esforços na produção de material didático destinado a grupos mais vulneráveis, visando fornecer maior suporte a esses estudantes. O foco recaiu sobre a formação de professores, especialmente aqueles que ministram Língua Portuguesa e Matemática, áreas cruciais para a avaliação da proficiência.

Os professores foram proporcionados com oportunidades de formação, acesso a material didático e monitoramento das ações de aprendizagem. O intuito era garantir que esses educadores estivessem adequadamente capacitados para lidar com o desafio de melhorar os dados de proficiência. As escolas também direcionaram seus planejamentos e planos de ação para atividades de recomposição, priorizando a recuperação do aprendizado.