Entre os dias 3 a 10 de agosto deste ano, estudantes da Escola do Futuro de Goiás em Artes Basileu França vão participar da competição Hip Hop internacional. O evento vai reunir 55 países participantes e acontece na cidade de Phoenix, estado do Arizona, na região sudoeste dos Estados Unidos. 


Os dançarinos goianos que vão representar o Brasil integram o Grupo de Dança de Rua Basileu França (DRBF CREW). Nele estão o professor coreógrafo da equipe Ben-Hur Melo e os alunos Ana Lara Gonçalves, Cecília Santiago, Débora de Deus, Igor Canavarro, Luiz Felipe Nunes, Marcela Rodrigues, Paulo Vitor Mendes e Samara Tavares. 

O jovem Paulo Vitor, de 26 anos, integra o grupo de dança faz nove anos. Para ele, fazer parte dessa equipe é uma realização. 

Competir lá fora é sempre um desafio enorme. Correr atrás de tudo dá muito trabalho. Participar deste festival específico é um sonho. Desde que comecei a dançar eu já era telespectador da competição. Sempre assisti vídeos do evento. Graças a Deus deu certo de ir. Estamos aí na torcida pelos melhores resultados

Paulo Vitor e Débora de Deus | Foto: Arquivo Pessoal

Débora de Deus, 26, compartilha que sua relação com a dança começou na igreja evangélica e na adolescência ingressou no curso de Dança Contemporânea no Basileu. Depois da graduação foi convidada para integrar o corpo de baile das danças urbanas.


É uma responsabilidade muito grande representar o Brasil em uma competição fora. Nós estamos abrindo os olhares da comunidade para a cena das danças urbanas, não só no Centro-Oeste mas também para todo país. Muitas pessoas não conhecem e têm olhares preconceituosos. Dessa maneira a gente combate os estigmas negativos e descentraliza esse gênero de dança da região sudeste, por exemplo

Ben-Hur já foi aluno do Basileu França. Hoje como professor coreógrafo dos corpos de baile de danças urbanas, compartilha que essa participação no mundial vem como uma coroação de anos de trabalho e fala sobre o período de preparação para a competição.

“Tem sido bem árduo essa prévia. Desde quando soubemos da seleção nos organizamos em todos os sentidos. Desde financeiramente até tecnicamente. Os ensaios têm sido de quatro horas todos os dias da semana. Elaboramos figurinos e músicas que vamos dançar. […] A nossa participação vai inspirar as gerações futuras, mostrando que pra chegarem lá é necessário investir nos sonhos e no hip hop” considera Ben-Hur Melo, professor coreógrafo.

O hip hop na EFG em Artes Basileu França possui uma tradição que se estende por mais de 20 anos. Reconhecida por projetar talentos da dança para o mundo, a escola enxerga no DRBF CREW a oportunidade de ampliar ainda mais sua influência internacional. Com um histórico no Prix de Lausanne, considerado o “Oscar” do balé, a instituição também acredita no potencial de seus alunos para se destacarem no Campeonato Mundial de Hip Hop nos Estados Unidos.

As unidades das Escolas do Futuro são de responsabilidade do estado de Goiás, ligadas a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) que atualmente estão sendo geridas por meio de convênio pela Universidade Federal de Goiás. Segundo o secretário da pasta,  José Frederico, não existe futuro sem arte.

“O principal objetivo das Escolas do Futuro de Goiás, tanto a voltada para as artes quanto as outras, que têm foco em tecnologia, é fornecer qualificação profissional de primeiro mundo aos goianos para que eles tenham condições de serem competitivos no mercado de trabalho. Nosso trabalho é para que seja também em tecnologia, visando formar uma geração tecnológica em Goiás. Quando fortalecemos a cultura do ensino técnico e profissionalizante, garantimos aos nossos jovens a oportunidade de um futuro melhor, gerando aumento de renda e a melhoria da vida não apenas deles, mas também de suas famílias.”

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