Despesa média mensal foi de R$ 271,32, um pouco abaixo da média nacional, que é R$ 291,18. IBGE mostra também que valor captado para projetos culturais subiu 366,5% nos últimos dez anos

Conhecida peça no setor cultural em Goiânia, Os Saltimbancos, dirigido por Samuel Baldani. Foto: João Paulo Cardoso

O resultado das análises mais recentes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), mostrou que dos gastos e dos rendimentos médios mensais das famílias goianas, 7, 7%, ou seja, R$ 271,32 são destinados a despesas com cultura. A média nacional é de R$ 291,18.

De acordo com o IBGE, em Goiás, os valores captados por produtores culturais via incentivo fiscal no ano de 2020 foram cerca de R$16,4 milhões. Isso corresponde a um aumento de 366,5% em comparação com o ano de 2009 que arrecadou R$ 3,5 milhões. Contudo, o setor cultural no Estado está em queda.

Como reflexo da pandemia do Covid-19, o setor cultural goiano perdeu 24,5 mil trabalhadores em 2020 tendo somente 137 mil ocupados (4,4% do total), uma queda de 15,1% em relação a 2019, quando o setor ocupava 162 mil pessoas e representava 4,7% como um todo.

Ao detalhar o setor por características das pessoas ocupadas em Goiás, através do Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, tem-se que a maior parte é formada por homens (56,3%), pessoas de cor preta ou parda (63,3%), com idade de 30 a 49 anos (46,8%) e ensino médio completo ou superior incompleto (56,4%).

Em 2019, cerca de 9,6 mil unidades locais das empresas ou organizações atuaram nas atividades do setor cultural em Goiás e corresponderam a 5,0% do total das unidades locais formais do Estado. Houve perda de participação desse setor em comparação com 2009, quando a cultura representava 6,1% das unidades locais.

De modo geral, Goiás perdeu participação no setor cultural.