Personalidades goianienses, entre ativistas, acadêmicos, artistas e representantes do meio político, assinaram na última terça-feira, 16, um manifesto intitulado “Goiânia diz NÃO a Fred”, em defesa da democracia na capital. O documento, elaborado em um momento crítico das eleições municipais, reafirma a importância da pluralidade, dos direitos humanos e do compromisso com a justiça social. Os signatários expressam preocupação com a possibilidade de retrocessos políticos e sociais caso certos projetos e lideranças venham a ganhar força no pleito.

Em uma convocação direta à sociedade goianiense, os autores do manifesto pedem que a população evite votar em branco ou anular seu voto, reforçando a necessidade de um posicionamento claro contra o retrocesso. Eles alertam para a importância de escolher lideranças comprometidas com os valores democráticos e com políticas públicas que promovam o bem-estar coletivo. De acordo com o texto, os direitos conquistados até agora, como as tarifas de transporte público subsidiadas e os espaços de controle social, estão ameaçados e não podem ser desmantelados.

O manifesto, que pode ser assinado digitalmente, faz um resgate histórico, destacando a participação de Goiânia no primeiro comício das Diretas Já, um marco na luta pela redemocratização do Brasil. Ao recordar esse episódio, o grupo pretende reafirmar a responsabilidade da cidade em se manter como exemplo de participação popular e compromisso com os valores democráticos. Segundo o documento, o momento atual exige que Goiânia continue sua trajetória de luta pela inclusão social, pela promoção de direitos e pela defesa do diálogo aberto entre todos os segmentos da sociedade.

O manifesto ainda sublinha a importância da ética na política e da inclusão social como pilares de uma gestão pública responsável. “Esse é um chamado à responsabilidade de todos nós. Sabemos que o primeiro turno não confirmou nossas propostas prioritárias, mas não podemos retroceder”, diz um trecho do documento, destacando que Goiânia merece lideranças que atuem em favor de todos os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis. O texto conclui convocando a população a defender uma cidade mais justa, democrática e inclusiva, em linha com sua história de luta.

O grupo divulgou uma carta aberta durante um encontro em um restaurante no Centro da cidade e já planeja uma série de manifestações até a próxima sexta-feira, 25, dois dias antes da votação para o segundo turno, que acontece no domingo, 27.