Giuseppe Vecci exalta Henrique Santillo durante inauguração de seu comitê político
31 julho 2014 às 00h10
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O ex-titular da Segplan, que concorre a deputado federal, recebeu o apoio de Marconi Perillo, Vilmar Rocha, José Eliton e Lúcia Vânia
Ex-secretário da Fazenda e ex-titular da Segplan, Giuseppe Vecci enfrenta pela primeira vez o desafio de uma disputa eleitoral. Postulando uma cadeira na Câmara dos Deputados, o tucano inaugurou seu comitê político, na avenida 85, ao lado de toda a chapa majoritária, de prefeitos aliados e da senadora Lúcia Vânia (PSDB).
Bastante ovacionado e aplaudido, Vecci, que é fundador das faculdades Cambury, traçou brevemente sua biografia e os projetos realizados para demonstrar que está apto a se tornar um legislador. Ele “responsabilizou” o ex-senador Henrique Santillo por sua entrada na vida pública. “Foi em 1984, com o saudoso dr. Henrique Santillo, que eu pude aprofundar um pouco nos trabalhados na área política”, disse. Segundo ele, o ex-parlamentar integrava uma tendência dos “autênticos” do MDB.
Listando projetos que ajudou a desenvolver de lá para cá, como a Renda Cidadão, a Bolsa Universitária, o Cheque Moradia, os Vapt-Vupts e o Programa Produzir, Vecci fez elogios a Marconi Perillo (PSDB) e disse que ele é “o expoente maior do santillismo”. O candidato relatou ter sido convidado pelo governador em diferentes ocasiões para disputar eleições, mas que sempre recusou devido à concepção que tinha dos políticos. “No ano passado o vice-governador, José Eliton, e o governador disseram que é preciso renovar, é preciso ter pessoas novas na política que possam dar novo ânimo ao processo político”, disse, contando como foi convencido a participar do projeto.
A discussão sobre a dicotomia velho/novo teve continuidade quando Vecci fez críticas a opositores do governo Marconi. Sem citar nomes, ele disse que “foi-se o tempo dos arcaicos, das pessoas antigas que usavam os problemas, as carências, as dificuldades das pessoas para poder fazer dádiva com recurso público para trocar por voto na época das eleições”.
O peessedebista também rebateu aquilo que ele chamou de “três mitos” sobre sua candidatura: primeiro, o de que o governador apoia a sua candidatura a deputado federal em detrimento de outros postulantes da mesma chapa; segundo, o de que a sua campanha estaria “nadando em dinheiro”; e terceiro, de que ele já estaria sendo considerado eleito. “Eu nunca me candidatei. Estou trabalhando desde o primeiro dia com humildade e vou continuar sem salto alto”, pontuou.
Em sua fala, Marconi saudou Vecci como “amigo e irmão”. O governador afirmou que o ex-secretário o ajudou a mudar o Estado e, tentando convencer aqueles alheios ao processo político a acompanharem a campanha, ele declarou que “não existe analfabeto pior que o analfabeto político”. “O analfabeto político estufa o peito para dizer que não gosta de política, se esquecendo que tudo na vida depende de decisões políticas”, frisou.
Ele também fez críticas contundentes direcionadas ao candidato ao Senado Ronaldo Caiado (DEM), ainda que sem citar seu nome: “Se todos nós nos empenharmos não vamos ter lá no Senado um senador bravateiro, que achincalha a honra das pessoas. Vamos ter um senador corajoso, destemido, sensato, que saberá sentar à mesa de negociação”, disse. “Vilmar Rocha sempre foi nosso companheiro. Ele nunca vai puxar de um lado e agente do outro. Estaremos do mesmo lado.”
O mesmo tom de críticas veladas aos adversários foi seguido pelo vice-governador José Eliton (PP), que disse que a luta encampada pela base aliada “é contra o atraso e o retrocesso”. “É o carinho contra o rancor e o ódio; é o respeito contra os ataques; é a luta de Goiás contra o passado que não queremos mais”. E completou: “Quando os argumentos terminam, os ataques começam. A oposição está xingando por uma razão muito simples. Eles não têm propostas para Goiás.”
Já Vilmar Rocha (PSD) enfatizou a certeza na vitória de Vecci. “Nós estaremos juntos como sempre estivemos. Você será ainda melhor como deputado do que como secretário.”