Estadão publica entrevista do secretário de Cultura, que reconhece percepção negativa da Av. 23 de Maio

João Doria vai, pessoalmente, apagar grafites nas ruas de São Paulo | Foto: reprodução/ Facebook

O jornal Estado de S. Paulo registra, na manhã desta terça-feira (24/1), que o vírus do “voltar atrás” fez mais uma vítima. Após tomar conta do governo Temer, agora acometeu a gestão do prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB).

Criticado internacionalmente por passar tinta cinza sobre grafites e diversas artes urbanas pelas ruas da cidade, o tucano deu indícios de que deve suspender o projeto “Doria Grey” — como ficou conhecido em referência ao livro “50 Tons de Cinza”.

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Segundo o secretário municipal de Cultura, André Sturm, a Avenida 23 de Maio pode voltar a ficar colorida ainda no primeiro semestre deste ano. Isso porque a prefeitura de São Paulo estuda não só permitir a volta como promover um festival do grafite.

Para completar, a reportagem do Estadão revela que o material usado pelos artistas selecionados pode ser fornecidos pelo gestão. Quer dizer, a mesma gestão que pagou pela tinta cinza que cobriu os grafites irá financiar a tinta para os recolocar nas paredes.

O titular da pasta explicou que a avenida é uma das possibilidades para receber o evento justamente “em função do ruído” causado pela remoção dos grafites, dentro do programa Cidade Linda. “Ficou muito cinza e há uma vontade de fazer”, afirmou Sturm. Desde 2015, a 23 de maio era um museu a céu aberto com mais de 70 murais.

Eleito com o discurso de “bom gestor” e “apolítico”, o empresário João Doria pode ter cometido seu primeiro erro crasso por falta de… Maturidade política. A conferir, pois a gestão ainda não confirmou as informações.

Veja abaixo vídeos publicados pelo site Geekness dos mais de 15 mil m² de grafite que foram pintados por mais de 200 artistas na Av. 23 de maio:

https://www.youtube.com/watch?v=9jX7qb2_StU