Paulo Altomani (PSDB) está à frente da prefeitura de São Carlos (SP). Ele é o segundo político tucano a ser alvo de ação judicial por Fábio Luis da Silva

Prefeito de São Carlos (SP), Paulo Altomani (PSDB) | Foto: Reprodução/Facebook
Prefeito de São Carlos (SP), Paulo Altomani (PSDB) | Foto: Reprodução/Facebook

Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), interpelou judicialmente o prefeito de São Carlos (SP), Paulo Altomani, na segunda-feira (6/4). A motivação se deu pelo conteúdo de uma postagem no perfil do Facebook no último dia 15 de março.

É que o tucano acusou Lulinha de ser dono da JBS Friboi, a maior empresa de processamento de proteína animal do mundo. O texto teria servido como argumento para incentivar seus seguidores a irem a uma manifestação contra a presidente Dilma Rousseff (PT).

“O prefeito usou uma mentira sobre o filho de Lula para convocar as manifestações do dia 15 de março em sua cidade, dizendo que: ‘não é justo o Tesouro Nacional tirar dinheiro de nossa cidade para repassar ao BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento] para financiar, por exemplo, a empresa Friboi, que pertence ao Lulinha. E que paga cachês milionários para o ator Tony Ramos para vender, em rede nacional, sua carne financiada com recursos de saúde, educação, limpeza pública, etc.’”, relata um comunicado divulgado pela assessoria de Lulinha.

O filho do ex-presidente destacou ainda que as afirmações do prefeito configuram injúria, calúnia e difamação. Lulinha também negou qualquer participação na empresa. Inclusive disponibilizando link com a lista de acionistas no site da JBS.

No início da noite de ontem Altomani fez outro post, ressaltando que irá se manifestar sobre a eventual ação. “Apenas depois que for oficialmente citado da interpelação pela Justiça brasileira”, disse.

O prefeito de São Carlos não é o primeiro peessedebista a ser acionado judicialmente neste ano. Em 18 de março, Lulinha protocolou processo contra o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) no Supremo Tribunal Federal (STF) por “mentir indiscriminadamente”.