Falta de prestação de contas em campanha impediu amigo de Gayer, preso em operação, a assumir cargo
25 outubro 2024 às 17h14
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A omissão da prestação de contas referente a candidatura nas eleições municipais de 2020 impediu que João Paulo Cavalcante, preso na operação da Polícia Federal que investiga desvio de cota parlamentar no gabinete de Gustavo Gayer, impediu que ele assumisse a função de secretário parlamentar do deputado. De acordo com a PF, Cavalcante, que era titular formal da Goiás Online, estava permeado por “irregularidades”.
No documento, a PF diz que apesar de ter sido formalmente convidado, “não pôde ser inserido na função de secretário parlamentar de Gustavo Gayer devido a impedimentos legais – inelegibilidade em razão de omissão de prestação de contas referentes a candidatura nas eleições municipais de 2020”, diz.
Para contornar o impedimento, de acordo com o inquérito, Paulo criou a empresa que celebrou contrato com o gabinete do deputado “representando uma forma velada de renumeração”.
Ainda segundo o documento, as atividades desempenhadas pela empresa teriam como fachada serviços de publicidade e marketing, mas eram, na realidade, assessoria pessoal e parlamentar. “O que ficou evidenciado pelo gerenciamento da agenda do deputado por João Paulo bem como a gestão de sua empresa particular “Loja DESFAZUELI”.
A empresa Goiás Online Comunicações e Marketing recebeu um total de R$ 24 mil em três parcelas. De acordo com o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, Gustavo Gayer gastou em 2024 mais de R$ 326,3 mil da cota parlamentar.
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