Ex-governador da Paraíba é considerado foragido da Justiça e ocupa lista da Interpol
17 dezembro 2019 às 10h48
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Autoridades consideram Coutinho como chefe de esquema criminoso. Segundo desembargador do TJPB, Ricardo Vital, ele era responsável pela tomada de decisões e arrecadação de propina, bem como sua divisão e aplicação
Autoridades decretaram a prisão preventiva do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB). A partir da decisão, Coutinho é considerado foragido da Justiça. Conforme mostrado pelo Jornal Opção, o ex-governador é um dos 17 alvos de mandado de prisão preventiva da Operação Calvário, desencadeada em conjunto pelas forças de segurança.
A investigação teve início a partir da delação de uma ex-secretária de Administração, presa em 2018. Segundo ela, propinas foram entregues em caixas — entre os anos de 2014 e 2018 —, na residência oficial do governador. O jornal Folha de SP mostrou que, segundo a delatora, os valores chegavam até R$ 1 milhão em espécie.
O jornal paulista destacou ainda que o governador não foi localizado em sua residência e que o mesmo se encontra fora do Brasil desde a semana passada. Sendo assim, a Polícia Federal solicitou a inclusão do nome de Coutinho na difusão vermelha da Interpol.
As autoridades consideram Coutinho como chefe do esquema criminoso. Segundo o desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), Ricardo Vital, ele era responsável pela tomada de decisões e arrecadação de propina, bem como sua divisão e aplicação.
Outras autoridades como a deputada estadual Estela Bezzera (PSB), a prefeita de Conde, Márcia Figueiredo Lucena Lira (PSB), o ex-secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Waldson Dias de Souza, e o ex-procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro da Gama, também tiveram prisões preventivas decretadas.
Policiais cumprem mandados de busca e apreensão também em outros Estados, dentre eles, Goiás. (Com informações do Jornal Folha de SP)