“Eu não consigo reconhecer esse PMDB de hoje”, diz Marconi Perillo
23 maio 2014 às 19h18
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Em entrevista coletiva em Anápolis, o governador cogitou que o nome do presidente da OAB-GO, Henrique Tibúrcio, possa ser lançado para o governo do Estado
O governador Marconi Perillo (PSDB) diz não “reconhecer esse PMDB de hoje”. Segundo ele, que militou na legenda por dez anos, há uma tradição no partido “de muita disputa interna desde sempre”. “Acho que nós estamos na metade da novela. Tem muitos capítulos finais emocionantes para a gente assistir”, disse, sobre o imbróglio entre os peemedebistas.
As declarações do governador foram feitas durante entrevista concedida a rádios em Anápolis. Na ocasião, ele falou também sobre os prefeitos do PMDB que declararam apoio à sua reeleição. “Como eu estou tratando bem todo mundo, independente de cor partidária, é natural que as simpatias cresçam”, avaliou.
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O tucano acredita que a troca de gentilezas entre ele e a presidente Dilma Rousseff (PT) durante visita a Goiânia possa atrair mais simpatia por seu projeto político. “Eu tenho certeza que o que ocorreu aqui entre eu a presidente da República vai trazer dividendos positivos para o Estado daqui para frente”, pontuou. “Nós conseguimos provar que temos uma liderança consolidada, que somos respeitosos, que somos educados, que somos reconhecidos e que sabemos nos comportar num momento que a presidente vem a nosso Estado.”
Apesar disso, ele ainda não se coloca como o pré-candidato oficial da base governista: “Nós não temos só o nome do governador. Nós temos outros nomes igualmente bons”, disse. Para ele, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) é um desses potenciais candidatos. “Eu citaria um dentro do meu partido em condições de postular uma candidatura que é o presidente da OAB, Henrique Tibúrcio. É um nome que pode ser colocado em discussão”, destacou.
Mesmo sem um projeto oficializado pela base, Marconi diz que não parou de se empenhar na administração estadual e, principalmente, de manter o diálogo com potenciais aliados. Entre eles, Ronaldo Caiado (DEM). “Em política a única coisa que não se pode fazer é deixar de conversar. Eu ampliei muito meu leque de diálogo com pessoas e partidos que não estavam no meu campo. Eu não fico revelando, mas tenho conversado com muita gente que vocês não imaginam”, arrematou.
Caso dispute o pleito deste ano e seja eleito, porém, o tucano já sabe quais serão seus maiores desafios: “Consolidar a infraestrutura do Estado, a industrialização. Também vamos ter que ter uma postura muito firme em relação a Segurança Pública”, elencou. “E eu diria a mobilidade urbana. Não só em Goiás, mas nas grandes cidades como Anápolis que vão precisar de reestruturar essa questão”, analisou, destacando que Educação e Saúde também devem ser prioridade.
Sobre planos para o futuro, Marconi não descarta uma candidatura à presidência da República, mas pontua que “está muito cedo para isso”. “Tenho credenciais para disputar qualquer cargo no meu partido a nível nacional. Tenho consciência como as lideranças nacionais do PSDB respeitam o meu trabalho e o lugar que ocupo no partido.”