Candidato ao governo afirma que prejuízo resultante do acordo com a Eletrobras é superior ao orçamento destinado à segurança pública para este ano

Vanderlan Cardoso: "“Nosso partido foi o único a se pronunciar sobre o acordo, a apontar os prejuízos para o povo goiano e as ações desse governo que agravaram a condição financeira da companhia e a crise energética no Estado” | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Vanderlan Cardoso: “Nosso partido foi o único a se pronunciar sobre o acordo, a apontar os prejuízos para o povo goiano e as ações desse governo que agravaram a condição financeira da companhia e a crise energética no Estado” | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O candidato ao governo de Goiás pelo PSB, Vanderlan Cardoso, também criticou o avanço no processo de transferência de 51% das ações da Celg para a Eletrobras, que na última terça-feira (26/8) teve concretizada a assinatura da promessa de compra e venda entre as empresas, passo crucial para se concluir a negociação que se arrasta desde 2011. Para o pessebista, o governo tucano “jogou R$ 7 bilhões no ralo com o acordo”.

“Se não tivessem boicotado a negociação do governo anterior, Goiás manteria 93% das ações da companhia. Ou seja, os goianos teriam um patrimônio de R$ 16 bilhões, valor da empresa a partir da renovação da concessão que estava prevista na negociação anterior. Como foi entregue 51% da empresa à Eletrobras, esse governo jogou R$ 7 bilhões no ralo por pura vaidade política”, analisou o governadoriável, que também teceu críticas à má qualidade do serviço prestado atualmente pela Celg.

[relacionadas artigos=”13737,13705″]

Vanderlan Cardoso também comparou o dano financeiro da negociação da Celg com os custos do atual governo com Saúde, Segurança Pública e Educação, que segundo ele se aproxima de R$ de R$ 6,2 bilhões. “Ou seja, não chega perto do prejuízo dessa negociação com a maior empresa do Centro-Oeste”, disse.

O pessebista lembrou ainda o teor de carta divulgada pelo PSB goiano no início do ano na qual há críticas à negociação e apresentação de informações relativas ao contrato. “Nosso partido foi o único a se pronunciar sobre o acordo, a apontar os prejuízos para o povo goiano e as ações desse governo que agravaram a condição financeira da companhia e a crise energética no Estado”.

Assim como o deputado federal e candidato ao Senado Ronaldo Caiado (DEM), Vanderlan Cardoso enfocou o valor de R$ 59 milhões pela transferência da maioria acionária da fornecedora goiana. Como argumentam representantes do governo e foi divulgado pela imprensa, esse valor corresponde somente a uma parte da negociação, que teve por base avaliação da concessão de exploração até 2015, mas que, com a prorrogação da concessão até 2045, pode chegar a bilhões de reais. Chegou a ser divulgado, sem confirmação oficial, o montante de R$ 16 bilhões, sendo que nova avaliação do valor da companhia goiana já foi solicitada.