Escândalos na petroleira completam 10 anos desde o Land Rover do secretário do PT
09 agosto 2014 às 10h58
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O primeiro escândalo dos governos do PT depois do aparelhamento da Petrobrás se prepara para completar dez anos em novembro. Em 2004, antes que Lula chegasse aos dois anos de governo, o então secretário-geral do partido, Sílvinho Pereira, recebeu de presente da empreiteira baiana GDK um carro Land Rover zero-quilômetro ao preço na época de R$ 73,5 mil. A revelação do presente da GDK, prestadora de serviços à petroleira, ocorreu há sete anos no embalo da investigação do mensalão, que envolveu Silvinho como secretário-geral do partido sob a presidência de José Genoino – agora liberado pelo Supremo Tribunal Federal para deixar presídio da Papuda e cumprir em casa o restante da pena Silvinho não chegou a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal porque negociou previamente com o Ministério Púbico a conversão da pena em prestação de serviço comunitário alternativo, uma espécie de delação premiada. Graças a um habeas corpus da Justiça, também se livrou da obrigação de declarar seu patrimônio à CPI dos Correios, que investigou o mensalão. Antes que fosse expulso do PT pediu a desfiliação em julho de 2007. Na carta de despedida ao partido, reconheceu que “cometi um erro” ao aceitar o presente de César de Oliveira, “meu amigo pessoal, mas proprietário da empresa GDK”. Negou a realização de tráfico de influência na Petrobrás a favor do amigo.
“Nada ofereci ou me foi pedido em troca”, assegurou. Na época, o dono da GDK, César Santos Oliveira, afirmou que, espontaneamente, ofereceu o carro ao amigo quando Silvinho lhe “manifestou a intenção de adquirir um veículo usado da marca Land Rover”. Então decidiu presentear o amigo com um novo da linha Defender. Presente aceito prontamente.