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O que o Banco Central chamou de “revisão extraordinária” das estatísticas do mercado de câmbio, divulgada nesta quinta-feira, 26, fez com que o fluxo cambial brasileiro passasse de positivo para negativo.

Os cálculos revistos fizeram com que o total de importações passassem de US$ 215,4 bilhões para US$ 217,2 bilhões. Para 2022, a revisão no fluxo de importações foi de US$ 238,1 bilhões para US$ 250,9 bilhões. Ou seja, pouco mais de R$ 1 bi por mês.

O problema ficou concentrado nos dados referentes às importações. Após a revisão, o fluxo cambial total de 2022 passou de entrada de US$ 9,574 bilhões para saída de US$ 3,233 bilhões.

Para o economista ex-presidente do Conselho Regional de Economia de Goiás (Corecon-GO), Valdivino de Oliveira, a revisão não tem “nenhum efeito sobre a atividade econômica. São informações para fins estatísticos”.

O especialista explicou que, como o Brasil continua com o mesmo nível de saldo de moeda externas, não há motivo para preocupação. “Apenas as estatísticas estavam erradas”, avaliou.

Além disso, o “erro contábil não afeta os dados do PIB divulgados pelo IBGE. Afeta apenas os resultados do balanço de pagamentos controlados e contabilizados pelo Banco Central”, detalhou o economista.