Entidades empresarias discutem incentivos fiscais e medidas para impulsionar geração de emprego
20 setembro 2019 às 18h54
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Ação inédita reúne 26 organizações para discutir estratégias para contribuir para o desenvolvimento de Goiás
Foi lançada, nesta sexta-feira, 20, uma ação inédita que reúne entidades do Fórum Empresarial Goiano, sindicatos, federações e centrais de trabalhadores da indústria, do comércio e da agricultura. E não só isso. Também participam conjuntamente a academia e representantes do setor cultural, bem como o Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos. A solenidade ocorreu na sede da Federação dos Trabalhadores Assalariados Empregados Rurais do Estado Goiás (Fetaer-GO).
Ao todo, o grupo conta 26 entidades, com possibilidade de novos membros, e sua criação foi enaltecida por líderes e representantes dos movimentos. Eles também destacaram a relevância do cronograma de ações previsto, com promoção de seminários em municípios que são polos econômicos do Estado.
Seminários
Estes eventos, é preciso dizer, visam a criação de um diagnóstico profundo dos desafios para o desenvolvimento econômico sustentado, atração e realização de investimentos privados e geração de novos empregos em Goiás. Também será o momento propício para propositura de políticas de médio e longo prazos, que garantam a competitividade econômica do Estado, conforme os presentes.
Inclusive a partir de 30 de setembro já começa a realização de seminários, sendo o primeiro deles em Rio Verde. Ainda conforme o cronograma terão eventos em Anápolis (07/10), Catalão (14/10), Itumbiara (21/10), Goianésia (24/10) e Goiânia (04/11). Entre os temas: inovação e tecnologia, meio ambiente, desburocratização, infraestrutura, crédito, incentivos fiscais, mercado de trabalho e qualificação profissional e mais – posterior aos encontros, as propostas serão elaboradas, com as contribuições recebidas.
Histórico
“Hoje é uma data histórica, quando o Fórum Empresarial e o Fórum dos Trabalhadores juntam-se para defender uma única coisa: o ambiente de trabalho, o ambiente empresarial em Goiás, fortalecer os relacionamentos e as atividades. Isso vai gerar mais empregos”, pontuou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio/GO), Marcelo Baiocchi.
Já Otávio Lage Filho, presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial), afirmou que “esse movimento é importante para que nós possamos avançar com propostas para ajudar Goiás nesse momento de dificuldades econômicas. Surgiu com a ideia de fazermos, junto com os trabalhadores, reuniões para que a gente pudesse ter melhores propostas, ideias, levar ao governo estas ideias e, aí sim, formatar algo que pudesse ajudar no plano de desenvolvimento”.
Ele foi seguido por André Luiz Rocha, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), que afirmou que este movimento é positivo para Estado e País. “Queremos e precisamos construir juntos políticas públicas para dar competitividade a nossas empresas. Para que elas posam gerar mais empregos e desenvolvimento socioeconômico”.
Mais manifestações
“Queremos formular políticas públicas e oportunidades para todas as regiões do estado, para todos os trabalhadores do Estado”, adiantou o vice-presidente institucional da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Eduardo Veras, que parabenizou a iniciativa e ainda ressaltou o trabalho de parceria da entidade na capacitação técnica de trabalhadores e produtores.
O presidente da Fetaer-GO, José Maria de Lima, enfatizou a importância comum de apontar soluções à crise, como a manutenção e criação de novas vagas de emprego. “Já estou há bastante tempo neste movimento e eu nunca vi tanta gente importante de Goiás, juntos, pelo mesmo objetivo”, celebrou. O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Sandro Jadir, reforçou os desejos do colega e afirmou que o projeto visa a atração de empregos e renda de qualidade nos municípios goianos. Segundo ele, esta é uma oportunidade de somar forças.
Presidente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias nos Estados de Goiás, Tocantins e DF (Ftieg), Pedro Luiz Vicznevski enfatizou a importância de empresários e representantes dos trabalhadores lutarem juntos pelo desenvolvimento do Estado, geração de emprego e a qualidade de vida.
Academia
Quem também marcou presença no evento foi Edward Madureira, reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG). “A reunião destas entidades pode pautar as ações necessárias para o desenvolvimento do nosso Estado”, afirmou ao ressaltar positivamente a capacidade de agregar do movimento. Segundo ele, a UFG poderá contribuir com apoio nas pesquisas, na formação profissional e na inovação, com atuação na concepção das políticas públicas.
Vera Bicalho, diretora geral da Quasar Cia de Dança, grupo goiano reconhecido internacionalmente, também esteve na solenidade. Para ela, o movimento também é benéfico para agentes culturais, pois necessitam de incentivos para manter a produção artística, além de ampliar a promoção da cultura. “O que a gente precisa é fazer com que estes mecanismos de incentivos à produção funcionem efetivamente”.
Ideia
Desde maio o movimento é desenhado. Na ocasião, a Adial Goiás contratou pesquisas quantitativa e qualitativa para verificar o anseio dos goianos acerca da economia do Estado e em relação aos incentivos fiscais. Inclusive, foi verificado, conforme entrevistas nos municípios mais industrializados, apoio de mais de 90% da população à adoção de políticas públicas que levem ao crescimento econômico, por meio da industrialização, incremento do comércio e do setor de serviços, como os benefícios fiscais.
Depois de apresentar ao governador Ronaldo Caiado (DEM), que estimulou o setor empresarial a promover discussões sobre estratégias para contribuir para o desenvolvimento de Goiás, a pesquisa foi explicitada às centrais e sindicatos de trabalhadores, que propuseram a união com as entidades patronais.
Depois, academia e setor cultural foram envolvidos no movimento, uma vez que foi compreendido que não se garante desenvolvimento socioeconômico sem pesquisa e inovação, e também sem o estímulo à cultura e à inclusão social.